sexta-feira, janeiro 29, 2010
Campanha FALE pelo Direito Humano à Alimentação
sábado, janeiro 23, 2010
DEUS, LIBERDADE E ALEGRIA
Thomas Barbosa Fejolo
"Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres. Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos". Salmo 126
Algumas pessoas pensam que Deus não gosta de festa ou de alegria. Chegam a torcer o nariz quando alguém passa perto e fala de como foi divertido aquele baile de formatura ou aquela festinha dos amigos mais chegados. Quem assa uma carne e joga uma conversa fora vai é pro inferno... Dizem em seus corações cativos.
Os quadros pendurados em suas paredes mostram um Deus triste, com um rosto de quarenta dias de jejum, santo demais para abrir um sorriso. Afinal de contas religião é coisa séria e de “Deus não se zomba”. Suas festas causam um verdadeiro conflito em suas mentes, pois pensam estar pecando. Com o tempo os folguedos vão acontecendo, mas escondidinho, pra ninguém ver, pois a vida dupla já se instaurou. Quem é que agüenta o rojão da vida sem uns tempinhos de festa? Nem que seja escondido rapá!
Tudo que poderia ser bom com o Senhor do lado, se torna idolatria longe dele. É isso mesmo, as luzes se apagam quando Deus não está na festa, e ficamos como alguém que não tem mais vinho para servir aos convidados. Todo caminho se torna caminho mau. Onde havia fartura e vida passa a ser miséria e deserto. Chove e alaga tudo. Os outros começam a mandar na gente e a liberdade se torna cativeiro. E ficamos como um passarinho que voltando para o ninho é pego numa armadilha, sem jamais poder chegar a casa.
Esquecer que quando o diabo inventou o pecado, Deus inventou o perdão é o maior dos cativeiros. Olhe nos olhos, esqueça esta teologia maluca de pastores malucos.
A verdade mesmo é que Deus gosta de se intrometer em tudo na nossa vida... Quer estar na nossa festa, quer fazer parte da nossa novela, quer ver a banda passar, quer pular o nosso carnaval. No nosso caminhar ele quer ser nossa sandália, para não pisarmos naquelas pedrinhas pontudas, ao mesmo tempo diz Ele ser o próprio caminho, estreito é claro, senão fica muito fácil!
O povo de Deus ficou durante setenta anos cativo na Babilônia, bastante tempo pra pensar na vida e, como castigo, devem ter escrito 100 vezes no caderninho: Eu devo chamar Deus para viver comigo a minha vida.
O tempo no cativeiro é tempo muito difícil. Chora-se muito. Chora o homem pecador, chora a mulher pecadora, chora o passarinho que foi preso na gaiola. Neste tempo temos a oportunidade de rever a vida e de fazer promessas de que vamos mudar. É tempo de plantar sementes e aceitar ser aceito por Deus. E andando e chorando perdoar a si mesmo. Esta é a semente dolorosa do Salmo 126.
Como é doce a vida lá fora, pensou aquele senhor de cabeça branca que passara tanto tempo no cativeiro. Como é bom voar, pensou o passarinho preso na gaiola. Quando o Senhor livra o homem do cativeiro do pecado ele fica sonhando e sorrindo!
E quando seu senhor te soltar pergunta o pardal do lado de fora. O passarinho responde: Chamarei meus amigos para uma festança na sombra do pé de manga, pois Deus terá me livrado do maior cativeiro. O cativeiro do meu coração.
“Eis que haverá dias, diz o Senhor, que mudarei a sorte do meu povo, os farei livres do cativeiro e voltarão para a terra deles...” Jeremias 30.3
ORAÇÃO E ATITUDE PELO POVO DO HAITI
UM TESTEMUNHO DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
sábado, janeiro 16, 2010
AMAR A DEUS. UM CONVITE AO RELACIONAMENTO COM O MEU IRMÃO
- Na bíblia, nosso amor a Deus é estabelecido a partir do amor que temos ao próximo.
- Não há como estabelecer qualquer relação com Deus desvinculado das relações humanas.
- “Não podemos amar a Deus em sua majestade; devemos amar a Deus nas suas criaturas”. (Lutero)
- A busca pela independência e autonomia não é outra coisa senão a opção que sempre fazemos pelo poder.
- Ao optar pelo poder torna-se necessário negar o amor.
- O amor nos torna vulneráveis. “Até certo ponto perdemos o controle de nossa própria vida quando estamos abertos aos outros. A comunhão de corações é uma coisa bonita, mas também perigosa. (...) É perigosa, porque deixar cair nossas barreiras internas significa que podemos ser facilmente feridos. A comunhão nos torna vulneráveis”. (2)
- Deus nos criou para amarmos e sermos amados.
- Encontramos a nossa felicidade e o sentido de ser pessoa nas relações de amor e amizade.
- O grande desafio da igreja é resgatar o caminho do amor e da amizade desinteressada como a expressão maior da nossa espiritualidade e devoção.
- BOFF Leonardo Saber Cuidar. p.11
- VANIER, Jean O Despertar do ser p.35.
- SOUZA, Ricardo Barbosa de. O caminho do Coração. p.91.
- SOUZA, Ricardo Barbosa de. O caminho do Coração: Ensaios sobre a trindade e a Espiritualidade Cristã. Curitiba – PR – Ed. Encontro – 2002.
- BOFF Leonardo. Saber Cuidar - Ética do humano, compaixão pela terra Editora Vozes - 2ª Edição - Petrópolis - RJ - 1999 -
- VANIER, Jean O Despertar do Ser Tradução de Magda França Lopes – Campinas – SP - Ed. Verus – 2002.
- Bíblia Sagrada – Edição Pastoral – Tradução Ivo Storniolo e Euclides Balancin – Editora Paulus – SP – 1991.
COMUNHÃO E AMOR, O CAMINHO PARA A JUSTIÇA.
1. O amor que vem de Deus cuida do próximo.
- A missão primária da Igreja é amar ao mundo como Cristo o amou
- O propósito de Cristo é redimir o homem integralmente
- Não é apenas dar-lhe o pão como se o homem fosse apenas corpo.
- Ou salvar a alma do inferno como se ele fosse apenas um ser espiritual.
- A atitude do homem para com os outros homens é integrada na própria atitude para com Deus.
- Sem a pregação da justiça, não há evangelho que seja de Jesus Cristo. Isso não é politizar a Igreja: é ser fiel. p.65 “Numa palavra: a justiça é tão importante, que sem o seu advento não existe advento do Reino de Deus. Um sinal de que o Reino de Deus se aproxima e começa a morar em nossas cidades pode ser percebido quando aos pobres se faz justiça, quando se propicia a sua participação nos bens da vida e da comunidade, quando eles são promovidos em sua dignidade e defendidos contra a violência a que o sistema econômico e político os submetem”. (1)
- A igreja precisa ser a voz dos que não têm voz. “Nem sempre que dizemos Deus, incluímos necessariamente liberdade, justiça, amor. Mas se não incluímos estas realidades quando falamos de Deus, então não falamos do Deus vivo, mas de algum ídolo”. (2)
- O amor deve ser o fermento a dinamizar o compromisso crescente das igrejas pela justiça social.
- A missão cristã implica em amor e aceitação.
- A encarnação não deve ser vista como apenas um processo de aculturação e integração, mas como um caminho de identificação pessoal e amizade.
- O índio, o pobre, o idoso, o enfermo, são pessoas e não problemas.
- Devem ser recebidos e amados pelo que são, e não pelo que virão a ser.
- Toda luta em prol da defesa da dignidade humana é compatível com o evangelho e, mais do que isso, exigido por ele.
- Nada tem maior poder para resgatar a dignidade humana do que o amor.
- A plenitude da dignidade é ser aceito pelo que se é e não pelo que se tem.
NOTAS
- BOFF Leonardo Igreja,Carisma e poder. p.68
- BOFF Leonardo Igreja,Carisma e poder. p.67
- BOFF Leonardo Igreja,Carisma e poder. pp.66 e 67
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
- SOUZA, Ricardo Barbosa de. O caminho do Coração: Ensaios sobre a trindade e a Espiritualidade Cristã. Curitiba – PR – Ed. Encontro – 2002.
- BOFF Leonardo. Igreja,Carisma e poder – Ed. Record – Rio de Janeiro – RJ - 2005
- BOFF Leonardo. Saber Cuidar - Ética do humano, compaixão pela terra Editora Vozes - 2ª Edição - Petrópolis - RJ - 1999
- Bíblia Sagrada – Edição Pastoral – Tradução Ivo Storniolo e Euclides Balancin – Editora Paulus – SP – 1991