Thomas Barbosa Fejolo
"Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres. Traze-nos outra vez, ó SENHOR, do cativeiro, como as correntes das águas no sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos". Salmo 126
Algumas pessoas pensam que Deus não gosta de festa ou de alegria. Chegam a torcer o nariz quando alguém passa perto e fala de como foi divertido aquele baile de formatura ou aquela festinha dos amigos mais chegados. Quem assa uma carne e joga uma conversa fora vai é pro inferno... Dizem em seus corações cativos.
Os quadros pendurados em suas paredes mostram um Deus triste, com um rosto de quarenta dias de jejum, santo demais para abrir um sorriso. Afinal de contas religião é coisa séria e de “Deus não se zomba”. Suas festas causam um verdadeiro conflito em suas mentes, pois pensam estar pecando. Com o tempo os folguedos vão acontecendo, mas escondidinho, pra ninguém ver, pois a vida dupla já se instaurou. Quem é que agüenta o rojão da vida sem uns tempinhos de festa? Nem que seja escondido rapá!
Tudo que poderia ser bom com o Senhor do lado, se torna idolatria longe dele. É isso mesmo, as luzes se apagam quando Deus não está na festa, e ficamos como alguém que não tem mais vinho para servir aos convidados. Todo caminho se torna caminho mau. Onde havia fartura e vida passa a ser miséria e deserto. Chove e alaga tudo. Os outros começam a mandar na gente e a liberdade se torna cativeiro. E ficamos como um passarinho que voltando para o ninho é pego numa armadilha, sem jamais poder chegar a casa.
Esquecer que quando o diabo inventou o pecado, Deus inventou o perdão é o maior dos cativeiros. Olhe nos olhos, esqueça esta teologia maluca de pastores malucos.
A verdade mesmo é que Deus gosta de se intrometer em tudo na nossa vida... Quer estar na nossa festa, quer fazer parte da nossa novela, quer ver a banda passar, quer pular o nosso carnaval. No nosso caminhar ele quer ser nossa sandália, para não pisarmos naquelas pedrinhas pontudas, ao mesmo tempo diz Ele ser o próprio caminho, estreito é claro, senão fica muito fácil!
O povo de Deus ficou durante setenta anos cativo na Babilônia, bastante tempo pra pensar na vida e, como castigo, devem ter escrito 100 vezes no caderninho: Eu devo chamar Deus para viver comigo a minha vida.
O tempo no cativeiro é tempo muito difícil. Chora-se muito. Chora o homem pecador, chora a mulher pecadora, chora o passarinho que foi preso na gaiola. Neste tempo temos a oportunidade de rever a vida e de fazer promessas de que vamos mudar. É tempo de plantar sementes e aceitar ser aceito por Deus. E andando e chorando perdoar a si mesmo. Esta é a semente dolorosa do Salmo 126.
Como é doce a vida lá fora, pensou aquele senhor de cabeça branca que passara tanto tempo no cativeiro. Como é bom voar, pensou o passarinho preso na gaiola. Quando o Senhor livra o homem do cativeiro do pecado ele fica sonhando e sorrindo!
E quando seu senhor te soltar pergunta o pardal do lado de fora. O passarinho responde: Chamarei meus amigos para uma festança na sombra do pé de manga, pois Deus terá me livrado do maior cativeiro. O cativeiro do meu coração.
“Eis que haverá dias, diz o Senhor, que mudarei a sorte do meu povo, os farei livres do cativeiro e voltarão para a terra deles...” Jeremias 30.3
Um comentário:
Que a graça e paz do nosso Senhor Jesus esteja contigo, passei para dar uma olhadinha no seu blog e convida-lo a visitar o meu:
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Fique com Deus
Pr. Jorge Rodrigues
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