O CHAMADO PARA UMA OBRA DIFÍCIL
Ezequiel 3.17
Quem é o Atalaia?
A política de dominação aos povos derrotados aplicada por Nabucodonozor era a de deportar os seus habitantes para terras distantes a fim de desvinculá-los de suas referências culturais e aplacar qualquer tentativa de rebelião. “Calcula-se que nesse período mais de 50.000 pessoas tenham sido removidas porque muitas cidades judias desapareceram completamente.”1
O registro da profecia de Ezequiel é repleto de símbolos, alegorias, visões e parábolas ricas em detalhes, mas de difícil interpretação. O seu maior objetivo é declarar que Deus cumpre aquilo que promete e que o povo de Judá, apesar de sofrer um castigo severo, alcançaria a misericórdia e a restauração, frutos do amor do Senhor.
“Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel (...)” Ez 3.3. A ordem do Senhor traz legitimidade à missão do profeta. Sem esta ordem todo o ministério de Ezequiel seria somente uma coleção de aborrecimentos e frustrações por dedicar-se a um trabalho que não lhe traria nenhum resultado.
A missão era difícil: Pregar a um povo de semblante duro, obstinado de coração (Ez 2.3) que não estaria disposto a ouvir palavras de correção. Normalmente chamar a atenção de alguém não é algo agradável. Quando sabemos que a pessoa não prestará atenção no que vamos lhe dizer, aí mesmo que desistimos da tarefa. Mas ao chamar Ezequiel, Deus o incumbiu de falar, mesmo que ninguém o quisesse ouvir. Ainda que todos lhe virassem as costas e tapassem os ouvidos, a mensagem de Juízo deveria ser anunciada. “Mas tu lhes dirás as minhas palavras, que ouçam, quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.” Ez 2.7
Ezequiel não estava nessa briga sozinho, o Senhor o havia colocado ali, portanto lhe forneceria as condições para resistir. “e tu ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras. Ainda que haja sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões, não temas as suas palavras nem te assustes com os seus rostos porque são casa rebelde.” Ez 2.6 Deus se comprometeu a proteger o seu servo das armadilhas que seus opositores levantariam para destruí-lo.
Esta é a grande diferença que existe quando algum trabalho é aprovado por Deus. Ele se responsabiliza pelos resultados. Do ponto de vista humano o ministério de Ezequiel pareceria infrutífero. Poucos iriam querer ouvi-lo pregar, menos ainda iriam converter-se. Mas no processo divino de educação daquele povo, que duraria os setenta anos de cativeiro, a pregação de Ezequiel foi muito importante. Ela deu início a um despertamento religioso onde os judeus exilados, definitivamente abandonaram a idolatria e tornaram-se uma nação monoteísta até o dia de hoje.
Para que Ezequiel fosse bem sucedido em sua missão ele precisaria cumprir alguns requisitos essenciais para quem deseja realizar algo importante para Deus que estão relatados em Ez 2.8. Primeiro: Teria que ouvir o que Deus queria lhe dizer para poder pregar com autoridade. Segundo: Teria que ser obediente. Nem sempre é fácil fazer o que Deus manda. É preciso estar disposto a obedecer mesmo sem compreender completamente o sentido do que nos foi ordenado. Terceiro: Precisaria confiar na provisão divina. Deus sempre fará muito mais do que aquilo que pedimos ou pensamos. Quarto: Não ser rebelde. Ezequiel não foi obrigado a ser um profeta. Ele simplesmente disse sim ao Senhor e não se recusou a fazer o que ele lhe pedia.
Ezequiel 3.17
Quem é o Atalaia?
Ezequiel desenvolveu um ministério profético marcante junto ao povo de Judá no cativeiro babilônico. O seu nome em hebraico significa Deus fortalece e esta certeza foi fundamental para que o profeta cumprisse a sua missão. Filho de Buzi, um sacerdote, ele pertencia a uma classe de destaque e por isso foi incluído na lista dos que foram levados para a Babilônia por Nabucodonozor em 597 A.C.
A política de dominação aos povos derrotados aplicada por Nabucodonozor era a de deportar os seus habitantes para terras distantes a fim de desvinculá-los de suas referências culturais e aplacar qualquer tentativa de rebelião. “Calcula-se que nesse período mais de 50.000 pessoas tenham sido removidas porque muitas cidades judias desapareceram completamente.”1
Aos trinta anos, cinco anos após ter sido levado cativo, Ezequiel foi chamado para o ministério profético. Seu estilo de pregação era considerado severo, e muitas vezes insensível, mas ele demonstrava identificação com os seus compatriotas compartilhando com eles as dificuldades e o sofrimento da vida no exílio. “Então o Espírito me levantou e me levou; e eu me fui, amargurado, na indignação do meu espírito, mas a mão do Senhor era forte sobre mim. Vim aos do exílio que moravam em Tel Abibe, junto ao Rio Quebar. E por sete dias me assentei ali, no meio deles, atônito.” Ez 3.14-15.
Ezequiel “Foi colocado numa comunidade perto de Nipur, (cerca de cinqüenta milhas ao sul da Babilônia no Rio Eufrates). Chamada Tel-Abibe no “Grande Canal” (que seria a interpretação mais exata do Rio Quebar).” Este canal, o “Nãru Kabari das inscrições em cuneiforme, corria do Eufrates ao norte da Babilônia quase cem quilômetros para o sudeste, para Nipur, voltando ao Eufrates e o Tigre.”2
O registro da profecia de Ezequiel é repleto de símbolos, alegorias, visões e parábolas ricas em detalhes, mas de difícil interpretação. O seu maior objetivo é declarar que Deus cumpre aquilo que promete e que o povo de Judá, apesar de sofrer um castigo severo, alcançaria a misericórdia e a restauração, frutos do amor do Senhor.
Qual é a Missão do Atalaia?
“Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel (...)” Ez 3.3. A ordem do Senhor traz legitimidade à missão do profeta. Sem esta ordem todo o ministério de Ezequiel seria somente uma coleção de aborrecimentos e frustrações por dedicar-se a um trabalho que não lhe traria nenhum resultado.
A missão era difícil: Pregar a um povo de semblante duro, obstinado de coração (Ez 2.3) que não estaria disposto a ouvir palavras de correção. Normalmente chamar a atenção de alguém não é algo agradável. Quando sabemos que a pessoa não prestará atenção no que vamos lhe dizer, aí mesmo que desistimos da tarefa. Mas ao chamar Ezequiel, Deus o incumbiu de falar, mesmo que ninguém o quisesse ouvir. Ainda que todos lhe virassem as costas e tapassem os ouvidos, a mensagem de Juízo deveria ser anunciada. “Mas tu lhes dirás as minhas palavras, que ouçam, quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.” Ez 2.7
Ezequiel teria que enfrentar muitos problemas. Aqueles que se sentissem incomodados com a sua palavra iriam buscar a vingança e tentariam encontrar uma maneira de tornar a sua vida cada vez mais difícil naquela terra. Mas o Deus que chama é o mesmo que prepara o seu servo para enfrentar as duras condições de trabalho. “Mas fiz duro o teu rosto contra os seus rostos, e forte a tua fronte contra a sua fronte. Fiz como um diamante a tua fronte, mais forte do que a pederneira; não os temas, nem te assombres com os seus semblantes, embora sejam casa rebelde.” Ez 3.8-9.
Ezequiel não estava nessa briga sozinho, o Senhor o havia colocado ali, portanto lhe forneceria as condições para resistir. “e tu ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras. Ainda que haja sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões, não temas as suas palavras nem te assustes com os seus rostos porque são casa rebelde.” Ez 2.6 Deus se comprometeu a proteger o seu servo das armadilhas que seus opositores levantariam para destruí-lo.
Esta é a grande diferença que existe quando algum trabalho é aprovado por Deus. Ele se responsabiliza pelos resultados. Do ponto de vista humano o ministério de Ezequiel pareceria infrutífero. Poucos iriam querer ouvi-lo pregar, menos ainda iriam converter-se. Mas no processo divino de educação daquele povo, que duraria os setenta anos de cativeiro, a pregação de Ezequiel foi muito importante. Ela deu início a um despertamento religioso onde os judeus exilados, definitivamente abandonaram a idolatria e tornaram-se uma nação monoteísta até o dia de hoje.
Para que Ezequiel fosse bem sucedido em sua missão ele precisaria cumprir alguns requisitos essenciais para quem deseja realizar algo importante para Deus que estão relatados em Ez 2.8. Primeiro: Teria que ouvir o que Deus queria lhe dizer para poder pregar com autoridade. Segundo: Teria que ser obediente. Nem sempre é fácil fazer o que Deus manda. É preciso estar disposto a obedecer mesmo sem compreender completamente o sentido do que nos foi ordenado. Terceiro: Precisaria confiar na provisão divina. Deus sempre fará muito mais do que aquilo que pedimos ou pensamos. Quarto: Não ser rebelde. Ezequiel não foi obrigado a ser um profeta. Ele simplesmente disse sim ao Senhor e não se recusou a fazer o que ele lhe pedia.
Notas:
1. História Ilustrada do Mundo Bíblico – Pág. 93
1. História Ilustrada do Mundo Bíblico – Pág. 93
2. Merece Confiança o Antigo Testamento? – Pág. 309
Nenhum comentário:
Postar um comentário