segunda-feira, junho 29, 2009

RELIGIÃO RITUAL E LIBERTAÇÃO - Prog 48

domingo, junho 28, 2009

CANASTRA DO RIO SÃO FRANCISCO - Roberto Diamanso

CANASTRA DO RIO SÃO FRANCISCO

Música de Roberto Diamanso e Cesar do Acordeon sobre o rio São Francisco e o projeto de transposição.

  • Voz: Roberto Diamanso;
  • Acordeon: César;
  • Voz e viola, Marco Neves.

Quer ouvir mais Roberto Diamanso? Clique aqui

quarta-feira, junho 24, 2009

UM REINO ACOLHEDOR - Prog 47

sábado, junho 20, 2009

EMPREENDEDORISMO SOCIAL


EMPREENDEDORISMO SOCIAL


É fato que vivemos numa sociedade de consumo, onde o valor do indivíduo se estabelece a partir do seu poder de compra, que é aferido cuidadosamente pelo limite do cartão de crédito. Por mais que discordemos do consumismo exagerado, temos que admitir que sem dinheiro não é possível fazer nada. Por isso, o trabalho é fundamental para garantir uma existência digna à pessoa.

Antes, para alguém conseguir um emprego, bastava ter força física e disposição. Se possuísse talento natural para a função desejada, melhor ainda, as portas para o sonhado emprego para a vida toda estariam abertas. Hoje, na chamada era da informação, a força física do trabalho está extremamente desvalorizada. O que vale muito é o conhecimento da tecnologia.

Isto seria ótimo se desde o início do processo de industrialização do Brasil, o ensino fundamental e médio, tivessem sido programados com o intuito de preparar as pessoas para o progresso que viria no futuro. Infelizmente este preparo coube apenas à uma pequena parcela da população que podia pagar pelos estudos. Desta forma, a grande maioria não pode participar da festa do avanço tecnológico, pois não possui a qualificação necessária para adquirir os convites.

O grande desafio da ação social cristã é encontrar caminhos para a inclusão de tantas pessoas que estão marginalizadas por não possuírem emprego, nem condições para obtê-lo. Seu objetivo principal é libertar o indivíduo da dependência dos benefícios governamentais e incentivá-los ao desenvolvimento de alternativas locais que lhe permitam obter o sustento para si e para sua família, de forma que eles possam viver dignamente e almejar o progresso econômico, social e intelectual.

O "Workshop Empreendedorismo Social - O que fazer e como fazer diante das questões sociais que afligem as comunidades". Promovido pelo CCAS - Centro de Cidadania e Atividades Sociais da Igreja Batista Betânia, foi elaborado com o objetivo de expor e discutir as diversas oportunidades disponíveis no Terceiro Setor. Seus principais temas foram:
  • O QUE É EMPREENDEDORISMO SOCIAL?
  • O QUE É EMPODERAMENTO COMUNITÁRIO?

Houve as seguintes oficinas de discussão e capacitação:


  • Comunicação e Transformação Social
  • Circo Social em Comunidades
  • Que Movimento é esse de Empreendedorismo Social nas Comunidades?
  • Alfabetização de adultos
  • O impacto da Saúde Preventiva na Comunidade
  • Empreendedorismo Social por meio do Esporte
  • Empreendedorismo Social através da Capacitação em Música
  • Laboratório Criativo da Modernidade - Gerando impacto na comunidade através da capacitação de pessoas em Criação e Arte
  • Cozinha Comunitária - uma estratégia de aproveitamento de alimentos e reeducação alimentar.
A oficina: Que movimento é esse de empreendedorismo social nas comunidades? Da qual eu participei, apresentou um breve histórico do empreendedorismo social e nos instigou a desenvolver um olhar consciente sobre a atual febre do voluntariado, de forma a evitar a armadilha de substituir o estado no exercício de suas atribuições.


O Estado deve garantir os direitos civis, humanos e legais a todos os cidadãos, independentemente de seu poder aquisitivo ou grau de instrução. Quando ele se omite, as ONGs, igrejas, clubes de serviços e indivíduos devem protestar, para forçá-lo a cumprir a sua parte a fim de que as verdadeiras soluções sejam implementadas e a máquina geradora da miséria pare de funcionar e produzir injustiça.


A atuação da sociedade cuida, principalmente, de minimizar alguns sintomas das complicadas questões sociais e, mesmo que ela seja eficaz em alcançar as suas metas, todos os esforços serão desperdiçados se não tratarmos de cessar a causa do problema. O resumo da aula, oferecido ao final, diz o seguinte: "Vamos empreender ações sociais? Sim. Vamos utilizar o nosso potencial a fim de obter melhorias para a comunidade? Sim, também. Porém, é necessário entender que à bondade deve ser acrescentado o conhecimento da realidade e a luta política para a sua transformação".


A tônica do debate foi que o idealismo é importante na realização do empreendedorismo social, mas não podemos ser ingênuos ao ponto de nos deixarmos ser manipulados pelos interesses políticos e econômicos que gravitam em torno do estímulo oficial para que a população "faça a sua parte e todos os problemas serão resolvidos". A história não é bem assim.

sexta-feira, junho 19, 2009

OS VAGALUMES QUE EU NÃO VI

OS VAGALUMES QUE EU NÃO VI

Bianca Assis


Existem coisas que só são percebidas na ausência de outras. E existe um momento na vida, por mais que não saibamos o dia da nossa morte, que notaremos que os dias percorridos são maiores dos que os que ainda nos restam para percorrer.


Há alguns dias atrás, por uns dez minutos, a energia elétrica faltou. Hoje em dia isso é raro. Imediatamente eu e meus pais estávamos na varanda olhando a rua: quem sabe se a escuridão tem diâmetro curto ou longo? Fomos averiguar.


No começo, a escuridão é mais profunda. Os olhos foram pegos de surpresa pelo breu. E o tatear das paredes é nosso melhor guia... Entretanto, conforme a vista se acostuma, a luz refletida pela lua faz até sombra nas árvores.


Na varanda, lembranças dos tempos que passaram. Sempre que falta luz, é de nossas infâncias que conversamos... não sei direito o porquê. A nostalgia é quase instantânea. É bom ouvir histórias da infância dos mais velhos... Adoro imaginar meus pais e avós com mãos pequenas e pés sujos descalços. Seus medos e olhares infantis. Suas brincadeiras e travessuras antigas... cruas e beges, como tecido de algodão. E lá estávamos nós lamentando pelas joaninhas, borboletas e vaga-lumes que não mais “existiam” em nossas vidas...


Lembro das estrelas que via da fazenda de um conhecido de antigamente. Elas eram verdadeiros sóis brancos no manto negro do céu. Sempre estiveram lá, mas as luzes da cidade me distraem. Não posso notá-las sempre.


Entre uma risada e outra, avistei uma luzinha por cima do ombro de minha mãe. Ignorei. Mais papo... e novamente, entre um suspiro e outro. A luzinha havia se movido, havia acendido rapidamente em outro lugar! Será que é o que eu estou pensando? Sim!


-Um Vaga-lume!


Eu disse interrompendo o assunto. Admirada. Feliz. “Impossível!”


Éramos 3 pares silenciosos de olhos atentos. Um, dois, três vaga-lumes. Eles subiam e desciam... Um piscava lentamente: acendendo e sumindo com pausas longas. O outro, parecia pisca-pisca de Natal! Acendia e apagava tão rapidamente que traçava linhas luminosas no ar escuro. O outro voava baixo, e brincava de sair e entrar, como que saltando o muro da minha casa. Na rua, outros dois... Um pouco mais à frente, sob árvores, estavam inúmeros! “Deus do céu! Eles ainda existem mesmo!” E com presença de palco!


3 pares de olhos novamente infantis. Satisfeitos. Agradecidos.


Minha alegria melancolicamente se transformou em desespero. Uma tristeza começou a subir dos pés, e tive medo que vazasse. Tive que contê-la. [ela vazaria sim, mas em forma de palavras.]


Por onde eu tenho andado para que os deixasse escapar?


Me imaginei neste ponto da vida, no futuro, em que, com a saúde e a rigidez se esvaindo, o olhar para trás será mais comprido e vagaroso. Depois de ter vivido a vida inteira sonhando e planejando o futuro, e naquele dia, quando o planejar não fará mais muito sentido, será que haverá vaga-lumes na minha lembrança?


No fim da minha vida, terei deixado para trás detalhes que realmente importavam por mera desatenção?


  • Quantas chances terei perdido? [Se elas esperavam apenas minha decisão]

  • Quanto bem terei deixado de fazer? [Se a necessidade alheia salta aos olhos]

  • Quantos desencontros? [se os caminhos sempre existiram]

  • Quanto tempo desperdiçado? [se a forma de gastá-lo foi minha opção]

  • Quantas pessoas terei deixado de desfrutar da companhia próxima? [mesmo que tenham estado bem ao meu lado]

  • Quantas palavras não terei dito? [Aos ouvidos que sempre estiveram ao meu alcance]

  • Quanta Arte terei economizado? [se fui feita à semelhança de um Artista]

  • Quantos amores não terei amado? [sempre que o coração tenha sido conquistado. Seja por ordem divina, seja por olhar de necessidade, compaixão, por um olhar carinhoso, ou por um dengo qualquer...]

22 dois anos de idade. Meus pais ali ao meu lado. E não foi do escuro que tive medo.


Pela primeira vez, e embora seja difícil admitir, tive medo da luz!


Digo que é difícil, pois a luz carrega no seu sangue semântico muitas metáforas, e todas elas para mim são positivas. Belíssimas.


Mas tendo em vista o contexto, a luz enquanto energia elétrica que “eu” produzi, ofuscou alguma coisa divina e natural, que sempre esteve ali...


No dia seguinte saí cedo de casa... melancólica e grata pelo aviso profético dos vaga-lumes... Pensava no longo trajeto do dia, quando uma pequena borboleta amarela, um móbile vivo, voando baixo, tocou suave com as asas, a parte externa dos dedos da minha mão esquerda.


Eu entendi.


Era Deus, delicado, me dizendo:


Há esperança!


Leia mais em: Abstrato Aleatório

ENCONTRO DO MOVIMENTO DIRETRIZ EVANGÉLICA - Um relato pessoal

ENCONTRO DO MOVIMENTO DIRETRIZ EVANGÉLICA
Um relato pessoal


Terça feira, 16 de junho, saí apressado do trabalho para assistir ao evento que comemorou os 60 anos do movimento "Diretriz Evangélica", homenageou seus líderes e agradeceu a Deus pelos 90 anos do pastor David Malta Nascimento, no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

Este foi um daqueles fatos simples do dia a dia, que adquirem uma importância espiritual significativa, quando nos dispomos a prestar atenção ao conteúdo de sua mensagem. Ali se contou a história de um grupo de pessoas que, em 1949, entendeu que era responsabilidade dos cristãos confrontarem os focos de injustiça e as estruturas corrompidas da sociedade com a mensagem do evangelho de Jesus Cristo.


Com este objetivo eles criaram "O Movimento Diretriz Evangélica (...) que teve diversas atuações sociais na perspectiva do evangelho integral, muito antes de Lausanne. Tinha um programa de rádio, publicação de jornal, revista, livro, coluna em O Jornal Batista, realização de congressos etc. Alguns de seus principais líderes foram: Lauro Bretones, Alberto Mazzoni de Andrade, Hélcio da Silva Lessa, Mário Barreto França, Luiz Antonio Curvacho e David Malta Nascimento" (1).

Momentos como estes são importantes para trazer à memória as "histórias deslembradas", conforme falou Alexandre Castro, para prestar a justa homenagem aos homens e mulheres de fé, que se envolveram com esta causa, e para incentivar aos que nasceram depois a se envolverem, para não deixar esta chama se apagar.


Eu sabia que o Pr. David Malta Nascimento é uma figura importante da denominação Batista, afinal de contas ele é o patrono da biblioteca do Seminário do Sul, que leva o seu nome. Sabia também que o ministério do Pr. Hélcio Lessa na I.B. Itacuruçá abençoou muitas pessoas, conhecia a irmã Daria Gláucia e o irmão Luiz Curvacho, mas não tinha a mínima idéia da importância destas pessoas no contexto da ação social cristã.

Fiquei muito feliz em saber que o envolvimento dos evangélicos com as agudas e crônicas questões sociais no Brasil é anterior à teologia da libertação, ao pacto de Lausanne e à missão integral. Nestes tempos superficiais de teologia da prosperidade, música gospel e apóstolos milagreiros, é alentador saber que a semente lançada pelos fundadores do "Diretriz Evangélica" continua frutificando, e que ainda hoje, não faltam "ao Deus altíssimo, profetas que digam como quer o Senhor de toda a terra que vivam o homens no mundo".(2) Que Deus nos ajude a sermos fiéis à esta preciosa herança.


Nota

1. http://www.ftl.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=106:encontro-do-nucleo-rio-e-renas-rio
2. LESSA, Hélcio da Silva - Ação Social Cristã (p.15)

Referência

LESSA, Hélcio da Silva - Ação Social Cristã - Diretriz Evangélica

O REINO DOS MAIS FRACOS - Parte 4 - Prog 46

O REINO DOS MAIS FRACOS - Parte 2 - Prog 45

Hagar, o horrível

O Globo 14/06/2009

OS MALVADOS




sábado, junho 13, 2009

PENSANDO EM UMA ÉTICA AMBIENTAL - Aula nº 3

ECOLOGIA E ESPIRITUALIDADE - MINI CURSO
Aula nº 3











RECURSOS

Vídeo: Ilha das Flores
Fonte: Casa de Cinema de Porto Alegre - Documentário de Jorge Furtado
Parte 1 - Duração 6m19s
Parte 2 - Duração 6m04s
Para assistir clique aqui

Vídeo: Leonardo Boff - Palestra Sobre Aquecimento Global: Consequências Filosóficas e Antropológicas Frente à Iminência do Fim da Espécie.
Fonte: Sempre um Papo - You Tube
Parte 1 - Duração 9m56s
Parte 2 - Duração 9m46s
Parte 3 - Duração 9m06s
Parte 4 - Duração 9m54s
Parte 5 - Duração 9m59s
Parte 6 - Duração 8m08s
Para assistir clique aqui

O REINO DOS MAIS FRACOS - Parte 4 - Prog 46

SUCESSO, IMAGEM FUGAZ







O REINO DOS MAIS FRACOS - Parte 3 - Prog 45

quinta-feira, junho 11, 2009

Leonardo Boff - Palestra Sobre Aquecimento Global

Consequências Filosóficas e Antropológicas Frente à Iminência do Fim da Espécie

Material de Apoio ao Curso Ecologia e Espiritualidade











OS POEMAS

Foto de Marcos Vichi


OS POEMAS

Mário Quintana


Os poemas são pássaros que chegam

não se sabe de onde e pousam

no livro que lês.

Quando fechas o livro, eles alçam vôo

como de um alçapão.

Eles não têm pouso

nem porto;

alimentam-se um instante em cada

par de mãos e partem.

E olhas, então, essas tuas mãos vazias,

no maravilhado espanto de saberes

que o alimento deles já estava em ti ...

quarta-feira, junho 10, 2009

O REINO DOS MAIS FRACOS - Parte 2 - Prog 44

O MOVIMENTO DIRETRIZ EVANGÉLICA E A LUTA CRISTÃ POR JUSTIÇA

O REINO DOS MAIS FRACOS - Parte 1 Prog 43

terça-feira, junho 09, 2009

A OPRESSÃO NEGA A VIDA

Aula sobre o livro de Eclesiastes capítulo 4.1-3






Para obter o texto desta aula clique aqui

O AMOR QUE INCLUI - Prog 42

PROFETAS E PASTORES INFIÉIS

Foto de: Marcos Vichi


PROFETAS E PASTORES INFIÉIS

Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor Deus. A perdida buscarei e a desgarrada tornarei a trazer, e a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com juízo. Ezequiel 34.15,16



Então Sabereis que eu sou o Senhor


Deus tem de o desejo estabelecer um relacionamento com os seus filhos. Relacionamento envolve convívio, intimidade, e isto só é possível quando há conhecimento mútuo. Deus conhece intimamente o seu povo, suas motivações e anseio pela libertação do cativeiro opressor. Mas este povo teve grandes dificuldades para entender as manifestações divinas em sua direção e insistia em caminhar em sentido oposto a elas.


O cumprimento das profecias é uma forma de tornar esta verdade clara e evidente aos olhos de qualquer pessoa. “Então saberão que eu sou o Senhor, quando eu tornar a terra em desolação e espanto, por causa de todas as abominações que cometeram. (...) Mas, quando vier isto – e aí vem – então saberão que houve no meio deles um profeta.” Ez. 33.29 e 33


O fato de a comunidade sacerdotal ter se desviado e passado a cometer injustiças foi um grande empecilho para que os judeus entendessem melhor o seu Deus. Os sacerdotes deveriam ensinar-lhes o significado da aliança que o Senhor estabeleceu com Moisés no deserto (Deuteronômio 27 a 30). De acordo com esta aliança, Deus se comprometeria a levar o povo para uma terra ampla e muito fértil. Ali eles cresceriam em liberdade e seriam protegidos contra todos os inimigos bastando que tão somente adorassem a Javeh como o único Deus e não permitissem que houvesse idolatria em seu meio. As maldições foram postas tanto como conseqüências da quebra do contrato, como uma forma de manter o povo afastado do pecado e como uma profecia do que realmente iria acontecer. Ao invés de cuidarem de suas ovelhas e as levarem por um bom caminho os sacerdotes as oprimiam com o jugo de uma religiosidade pesada que satisfazia apenas os seus egos e não levava a lugar nenhum (Ez 34.1-10)


A aparente inatividade de Deus que durante mais de 300 anos enviava os seus profetas para alertar o povo sobre o castigo também foi outro empecilho. Havia entre o povo a crença de que o juízo nunca chegaria e que não adiantava lutar contra o sistema iníquo que se estabelecera. “Filho do homem, que provérbio é este que vós tendes na terra de Israel: Passam-se os dias e perece toda a visão? (...) Filho do homem, os da casa de Israel dizem: A visão que se vê é para muitos dias, e ele profetiza de tempos que estão longe.” Ez 12.22 e 27. Dizia-se que era melhor ficar calado e desistir de ser fiel a Deus, porque o que ele prometia nunca iria acontecer.

Todo este silêncio e inatividade tinha o intuito de estimular uma virtude que Deus valoriza muito no relacionamento com ele: A fé. Nós temos uma perspectiva muito limitada da atuação divina, pois visualizamos os dias, meses e anos um de cada vez, mas Deus os contempla em sua totalidade. A sua profecia, assim como ele mesmo, não estão limitados pelo tempo e a sua maneira de agir não contempla apenas eventos isolados, mas processos históricos completos. O cativeiro era apenas um fato que completaria todo um ciclo que havia se iniciado três séculos atrás. “Portanto dize-lhes: Assim diz o Senhor Deus: Não será retardada nenhuma das minhas palavras; a palavra que falei se cumprirá, diz o Senhor Deus.” Ez. 12.28. Deus não estava atrasado, o seu relógio é que funciona diferente do nosso.


O Senhor Redime o Seu Povo

Quando paramos para analisar determinadas situações da vida, temos a tendência de pensar nos fatos bons como sinal da presença de Deus e que os fatos ruins só aconteceram porque Deus afastou-se de nós. Ezequiel em sua profecia nos mostra um Deus que está perto dos seus servos mesmo quando eles não conseguem perceber. “Assim diz o Senhor Deus: Eu estou contra os pastores, e requererei as minhas ovelhas das suas mãos, e eles deixarão de apascentar as ovelhas, e não se apascentarão mais a si mesmos; livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto. Pois assim diz o Senhor Deus: Eu, eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.” Ez 34.10-11

Os sacerdotes estavam se aproveitando de suas ovelhas para manter o poder político e acumular riquezas. Eles achavam que haviam descoberto uma mina de ouro. O povo se sentia abandonado porque quando precisava de orientação espiritual não tinha ninguém a quem recorrer.


O capítulo trinta e quatro de Ezequiel mostra como Deus se compadecia de suas ovelhas fracas e doentes (v.4) e estava a seu lado enquanto elas sofriam. O período de exploração chegaria ao fim, os pastores infiéis seriam destruídos e as ovelhas levadas para uma terra boa preparada pelo Bom Pastor. “Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será a sua malhada; ali se deitarão numa boa malhada, e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel. Eu apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor Deus” Ez 34.14-15. Deus separara o melhor de suas bênçãos para os seus servos fiéis. Todo o período de escravidão e castigo levaria ao momento da redenção onde eles poderiam contemplar o poder do Senhor esmagando o perverso e levando o justo em triunfo.


Textos em Contexto:


"E as árvores do campo darão o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e estarão seguras na sua terra; e saberão que eu sou o SENHOR, quando eu quebrar as ataduras do seu jugo e as livrar da mão dos que se serviam delas". Ezequiel 34:27

"Provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados". Hebreus 11.1-40

A fé nos fortalece para seguirmos em frente mesmo no meio da escuridão quando todas as evidências ao nosso redor são contrárias às promessas. Hebreus 11 mostra quantos pagaram o preço por viverem uma vida de fé. Eles sofreram e morreram sem ver o objeto de sua esperança se cumprindo, mas por sua fidelidade muitos podem reconhecer Senhor como Deus.


"Saberão, porém, que eu, o SENHOR seu Deus, estou com elas, e que elas são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor DEUS. Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois; porém eu sou o vosso Deus, diz o Senhor DEUS".Ezequiel 34.30-31

"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor".Romanos 8.35-39


Nada pode nos separar do amor de Deus. As maiores dificuldades, tragédias ou decepções não são capazes de diluir o seu amor. Ele cuida do seu povo ajudando-o a superar os maiores obstáculos. A maior vitória que podemos alcançar é descobrir a profundidade deste amor no desenvolvimento do do relacionamento com Deus.


Referências:

TAYLOR, John B. Ezequiel, Introdução e Comentário. Trad. Gordon Chown Mundo Cristão – 1984 – 255p.

THOMPSON, Frank Charles. Bíblia de Referência Thompson. Editora Vida– SP– 1992. (suplementos didáticos)

domingo, junho 07, 2009

CONSUMO DESENFREADO, UM ESTILO DE VIDA PERIGOSO - Aula 2

ECOLOGIA E ESPIRITUALIDADE - MINI CURSO


Aula nº 2
















Vídeos
Duração: 21m27s
Fonte: Tides Foundation – You Tube
Para assistir: Clique aqui
Fonte: Maria Farinha Produções - You Tube
Parte 1 - Duração: 8m51s
Parte 2 - Duração: 9m47s
Parte 3 - Duração: 9m46s
Parte 4 - Duração: 9m53s
Parte 5 - Duração: 2m10s
Para assistir: Clique aqui
Duração: 5m42s
Fonte: Estúdio SC – You Tube