quinta-feira, dezembro 11, 2008

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS COMPLETA 60 ANOS AINDA COMO UTOPIA



DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS COMPLETA 60 ANOS
AINDA COMO UTOPIA
Documento continua sendo violado no mundo inteiro, 60 anos depois de assinada, em Paris.
Há 60 anos, o mundo assinava um documento vital para a civilização. A Declaração Universal dos Direitos Humanos consagrava princípios dos grandes movimentos da história que puseram a vida humana como valor maior de todos. Desde então, parece mais um sonho e uma utopia do que uma realidade.

O século 21 avança, e a escravidão ainda é praticada em mais de cem países - inclusive no Brasil. Em Darfur, no Sudão, um genocídio está em curso. No Congo, o conflito entre tutsis e hutus foi reaberto - assassinatos, estupros e tortura são rotina. No Brasil, criminosos dominam territórios à margem do estado e mantém milhões de pessoas sob seu domínio, pela força da violência.
O país, que se intitula o guardião da liberdade, mantém prisioneiros isolados, sem direito a defesa e sem uma acusação formal. Guantánamo e Abu Ghraib são as prisões que tiraram dos Estados Unidos a autoridade moral nos direitos humanos.

Na China, os ativistas dos direitos humanos são presos sem direito a defesa. Entre os presos, um advogado cego que defendia mulheres forçadas a abortar.
No mundo inteiro, mulheres ganham muito menos para fazer o mesmo que trabalho que os homens. Nos países mais desenvolvidos, a diferença é menor: 30%. Neste momento, milhões de norte-coreanos vivem sob uma ditadura comunista que iguala o povo pela fome e opressão.

Artigo por artigo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos continua sendo violada no mundo inteiro, 60 anos depois de assinada, em Paris.
O mundo ainda tinha viva a memória da guerra. A esperança de que a vitória aliada pudesse fazer espalhar os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade.

A primeira-dama americana, Eleanor Roosevelt, coordenou a comissão que elaborou a lista. Curta, objetiva, e extremamente abrangente. São 30 artigos enumerando os direitos básicos para toda a humanidade.
Assinada em Paris, a Declaração Universal dos direitos Humanos tem claramente uma inspiração na Declaração dos Diretos do Homem e do Cidadão, da Revolução Francesa, mas também na Lei dos Direitos, americana, do século 18.

No preâmbulo, os autores deixaram claro que a declaração é uma espécie de lista de tarefas, um padrão de conquistas que toda nação deve buscar. Uma série de eventos hoje, em Paris e no resto do mundo, deixa claro que essa busca está longe de terminar.

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