UMA ATITUDE DE FÉ
“Um dia Jesus estava ensinando, e alguns fariseus e alguns mestre da Lei estavam sentados perto dele. Eles tinham vindo de todas as cidades da Galiléia e da Judéia e também de Jerusalém. O poder do Senhor estava com Jesus para que ele curasse os doentes”.
Lucas 5:17 - NTLH
Como era seu hábito, Jesus estava reunido com pessoas e pregando o evangelho. Sua presença atraía muita gente que se aglomerava para ouvir o que o Filho de Deus tinha para dizer. Dessa multidão destacam-se alguns personagens: os primeiros são os fariseus e os mestres da Lei que estavam sentados na primeira fila, em condição privilegiada para ouvir a mensagem de Jesus, mas cujos corações dispunham-se a criticar e achar falhas em seu ensino. Em segundo lugar, havia a multidão que cercava a casa onde Jesus estava. Essas pessoas encontravam-se ali por diversos motivos: alguns movidos pela curiosidade de ver aquele homem tão famoso; outros, porque tinham o desejo de conhecer a mensagem que Jesus pregava. Mas eles estavam à sua volta e o texto não revela alguém dentre eles que tenha recebido alguma bênção, apesar de destacar que “o poder do Senhor estava com Jesus para que ele curasse os doentes”. Em terceiro lugar, estavam os que tinham uma necessidade definida: um homem paralítico precisava ser curado e os que o carregavam estavam determinados a fazer de tudo para receber essa bênção do Cristo. Percebe-se que esses quatro amigos amavam muito o paralítico, pois se dispuseram a unir-se e a transportá-lo até onde Jesus estava. Ao chegar ao local da reunião, eles contemplaram a multidão e reconheceram que seria impossível, por vias normais, chegar até Jesus. Mas eles não desistiram e buscaram uma solução para poderem ver a cura de seu amigo. Os homens subiram no telhado, trouxeram o paralítico, abriram um buraco no telhado e baixaram-no até que ele ficasse aos pés de Jesus.
Vendo-lhes a fé, Jesus dispõe-se a atender a súplica daqueles homens. Vale destacar aqui que a fé era dos quatro amigos. Até esse momento o texto não mostra qualquer evidência de que o paralítico estivesse tão disposto a buscar a sua cura. Talvez estivesse acostumado à sua condição de deficiente e não tivesse tanta disposição para enfrentar dificuldades aparentemente sem solução para ser curado. A sua alma estava tão enferma quanto o seu corpo.
Quando Jesus falou com o paralítico, a sua primeira atitude foi perdoar os pecados dele. Por que ele não curou logo o corpo que era a necessidade mais evidente? Jesus estava cuidando, em primeiro lugar, da principal enfermidade do paralítico, a enfermidade da alma. O pecado adoece a alma e se Jesus não solucionasse primeiro esse problema nada funcionaria. Com a sua alma adoecida, o paralítico continuaria enxergando a si mesmo como um deficiente, mesmo que seu corpo estivesse perfeito. Quando Jesus opera um milagre, ele o faz de uma forma completa, tanto física quanto espiritualmente.
Ao ouvirem Jesus dizer ao paralítico que seus pecados estavam perdoados, os fariseus e os mestres da Lei tentaram jogar um balde de água fria nas esperanças daqueles homens. Os fariseus e os mestres da Lei eram homens religiosos, mais preocupados com os rituais do que em conhecer a Deus. Quando estavam diante de Jesus não o reconheceram como o Ungido de Deus para salvar e curar o homem. Se aqueles amigos tivessem dado ouvidos às provocações daqueles religiosos e desistido, teriam voltado para casa decepcionados. Mas eles insistiram, permaneceram aos pés de Jesus e experimentaram o milagre.
Jesus curou o paralítico, ele levantou-se, tomou o leito que o carregara há tantos anos e voltou para casa glorificando a Deus. O testemunho de alguém completamente restaurado por Deus causa impacto aos que estão ao redor. “Todos ficaram muito admirados; e, cheios de medo, louvaram a Deus, dizendo: – Que coisa maravilhosa vimos hoje!” (v. 26).
Após ouvir essa história, em que posição você se encontra? Como os religiosos, apegados a rituais sem vida? Como a multidão, que cercava Jesus sem receber as bênçãos do seu poder? Como o paralítico, conformado com o seu problema, achando que o que não tem jeito solucionado está? Ou na posição daqueles quatro homens que não se conformaram com o situação de seu amigo, lutaram contra todas as dificuldades, contra o deboche das pessoas e buscaram a Jesus para resolver aquele problema?
Não fique do lado errado, junte-se àqueles que alcançaram a vitória e, alegres, glorificam a Jesus.
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