sábado, janeiro 22, 2011

MENTIRAS E PROSPERIDADE

MENTIRAS E PROSPERIDADE

“No meio de pedras, podem os cavalos correr? No meio do mar, os bois podem arar? No entanto, vocês fizeram do direito um veneno, e do fruto da justiça um amargor!” Amós 6.12

A prosperidade, fruto da corrupção, produz lucros excessivos e permite aos donos do poder, e seus apadrinhados, desfrutarem de um conforto inimaginável à grande maioria da população, que luta para sobreviver com dignidade.

Amós se levantou contra esta situação, porque não compactuava com a tranquilidade dos governantes, dos líderes políticos e dos religiosos, que estavam satisfeitos e não desejavam qualquer mudança naquele cenário: "bebem canecões de vinho, usam os mais caros perfumes, sem se importar com a ruína de José!" v.6.

O Juízo virá! Diz o profeta. A bolha de prosperidade vai estourar, e todos os que se aproveitaram do povo, sofrerão as consequências. As conquistas baseadas na desonestidade não vão subsistir, as estruturas iníquas serão destruídas. Não adianta maquiar ou esconder a sujeira, pois cedo ou tarde ela aparecerá, trazendo vergonha aos que a produziram: “Aplicando o poder da violência, vocês, pensam que estão afastando o dia fatal”. v.3.

O Inimigo de Israel estava pronto para invadir o país e conquistar a sua terra, riquezas e o povo, mas a cegueira produzida pela prosperidade, lhes impedia de ver a seriedade daquela ameaça, que a palavra do profeta impertinente insistia em alardear: “Oráculo de Javé, Deus dos exércitos: Jura o Senhor Javé por sua própria vida: Eu detesto o orgulho de Jacó, eu odeio seus palácios. Vou entregar a cidade inteira e tudo o que nela existe”. v.8.

Ao apresentar exemplos de impossibilidades da natureza tais como: o cavalo correr numa rocha, ou bois conseguirem arar num solo cheio de pedras, Amós enfatiza o absurdo que acontece em sua terra: o direito foi distorcido a tal ponto, que a justiça, ao invés de libertar e promover a vida, envenena e mata que precisa dela, porque legitima o erro, e absolve aqueles que deveriam ser condenados.

A única maneira de deter o juízo divino seria restabelecer a justiça, e torná-la acessível a todos sem nenhuma restrição de ordem financeira ou social. Apesar de parecer simples, a atitude de promover a justiça implicaria e transformações, que, provavelmente, as camadas mais privilegiadas daquela sociedade não estariam dispostas a admitir.

Um comentário:

Unknown disse...

Temos que orar muito, nos colocar na brecha por nosso povo, para que ele se arrependa de seus pecados e se volte para o Deus eterno!