segunda-feira, dezembro 31, 2012

ADEUS ANO VELHO!


ADEUS ANO VELHO!


"Então Samuel pegou uma pedra e a colocou entre Masfa e Sen; deu-lhe o nome de Ebenezer, explicando: 'Javé nos socorreu até aqui'”. I Samuel 7.12

O início de 2012 foi tenso: muitas contas para pagar, poucas vendas e menos dinheiro ainda. Minha oração mais intensa há 365 dias era pela provisão divina na área financeira.  Ela veio, não na hora que eu desejava, mas ao longo do ano, foi maior e melhor do que eu poderia imaginar. Olhando em retrospectiva, percebo que se as minhas orações fossem atendidas da maneira como foram feitas, a satisfação talvez não fosse tão grande.

Apesar das dificuldades, consegui realizar sonhos acalentados durante anos, mas que precisavam ser adiados porque, numa hora faltava tempo em outra, dinheiro, às vezes faltavam tempo e dinheiro juntos. As palavras do apóstolo Paulo, em Efésios 3.20, expressam bem o meu sentimento para este Réveillon: "Deus, por meio do seu poder que age em nós, pode realizar muito mais do que pedimos ou imaginamos".

Outra imagem que sintetiza 2012 é a do rafting, esporte radical, que possui riscos, mas, que se forem controlados e a atividade for executada com o equipamento correto, oferecerá grande prazer. Assim é a vida: se tiver apenas remansos fica enjoada, mas um rio só com corredeiras, é muito cansativo. O ideal é alcançar o equilíbrio para que se não se perca a alegria.

Aguardo 2013 com expectativa e agradeço a Deus pelas bênçãos do ano que se encerra hoje.

Feliz Ano novo!!!!!

terça-feira, dezembro 11, 2012

Celtic Woman / Chloe Agnew - ''O Holy Night''

domingo, novembro 25, 2012

BUDRUS


BUDRUS

Já que não pude fazer uma trilha hoje, aproveitei para colocar em dia a lista de filmes para assistir. Este é muito bom, especialmente nestes tempos em que os conflitos entre Israel e a Palestina voltaram às manchetes.

Budrus é um vilarejo localizado na fronteira entre a Cisjordânia e Israel, onde em 2003 foi realizado um protesto não-violento. A causa foi o anúncio da construção de um muro pelos israelenses, o qual destruiria oliveiras históricas e economicamente importantes para a comunidade. Ayed Morrar e sua filha estavam à frente do movimento, que conseguiu unir facções palestinas rivais, como o Fatah e o Hamas, e ainda judeus progressistas.



Fontes:
  • http://www.adorocinema.com/filmes/filme-179497/
  • http://youtu.be/U-70zPIRhX0

sábado, setembro 22, 2012

Sugestões para o voto consciente


*Caio Marçal




A Rede FALE está muito grata pela repercussão da campanha “FALE contra o Voto de Cajado”. Além da enorme divulgação em sites religiosos e matérias na mídia secular, vimos a manifestação diversas lideranças evangélicas ou de crentes de diversas partes do país de diferentes denominações. Agradecemos ao Senhor pelas palavras de apoio e por saber que não estamos sozinhos.

 

Porém, há muitos de nós que ainda tem dúvidas de como exercer o voto de forma responsável.  Nesses dias recebemos alguns e-mails com dicas importantes de pastores e igrejas que tentam conscientizar o seu rebanho de forma coerente com nossa campanha.  De antemão, acreditamos que valorizamos muito o voto livre e o direito a escolha de programas de governo ou de legisladores mediante a consciência que cada cidadão tem o privilégio de exercer no processo eleitoral. Colocamos abaixo algumas contribuições que podem ajudar na maturidade política de nossos irmãos em Cristo.

 

1.  Se um candidato oferece ajuda nos interesses da sua igreja ou um defensor dos “valores da igreja” ou afirme que quer fazer uma parceria, uma “dobradinha” entre o governo ou mandato dele a e Igreja, fuja dele!  A separação entre Igreja e Estado não é apenas institucional, mas uma salutar verdade para ambos.  Não podemos esquecer que a História já nos mostrou que ao ser cooptado pelo Estado ou se serviu do estado para “cristianizar” a sociedade, causou muitos estragos para a espiritualidade da própria Igreja. Lembremos também que uma das contribuições positivas da Igreja Evangélica no Brasil foi a defesa do Estado Laico. Exercemos um papel diferente do Estado. Nosso papel é contribuir para o desenvolvimento da humanidade em diversos níveis, e a natureza da missão da Igreja é: testemunhar de Cristo e seu amor; proclamar o Evangelho que reconcilia toda ordem criada; forjar mulheres e homens para servirem no mundo com os valores do Reino de Deus; cuidar dos pobres, defender o direito dos órfãos, viúvas, excluídos; viver de maneira profética, emprestando sua voz aos marginalizados e desamparados. Quanto a Igreja se mancomuna com o Estado, ela prostitui e trai sua vocação de ser instrumento de Deus para abençoar a Humanidade.

 

2.  Conheça e avalie a vida pregressa de seus candidatos.  O papel do cidadão é também de fiscalizador! Se um candidato não é probo e honesto no trato da coisa pública ou tem péssimo testemunho nos espaços onde ele atua (sindicato, escola, conselho comunitário, etc.) o que o fará crer que será um bom administrador ou legislador para sua cidade? Embora a Lei da Ficha Limpa esteja em voga, é o eleitor que deve fazer a verdadeira “limpa” que livra nossa cidade de políticos corruptos, lenientes e irresponsáveis.

 

3.  Nessa época não é incomum que alguns candidatos (ou cabos eleitorais) façam panfletagem nas portas de nossas igrejas ou de eventos evangélicos. Além de ser uma enorme falta de respeito e de constrangimento para os congregados e visitantes de nossas comunidades de fé, mesmo que estes aleguem ser "evangélicos" ou mesmo "pastores", você já tem um bom indicativo em quem não votar nessas eleições. Se esses profanam o local de um culto religioso, o que pode se dizer então quando estiverem nas câmaras de vereadores ou na sede da prefeitura de sua cidade?

 

4.  Comece a participar da vida da cidade e se envolva com os problemas de sua realidade local. Perceba como é a vida que te cerca( analise questões como transporte público, educação, acesso a cultura, etc, por exemplo). Tire um tempo para avaliar as propostas dele e de seu partido e mais uma vez repetimos: o exercício do voto deve ser livre e o faça conforme aquilo que supõe ser o melhor para o bem comum de todo povo.

 

Não esqueça que política não se faz apenas em época de eleição. Judson Malta, liderança da Aliança Bíblica Universitária no Nordeste e articulador da Rede FALE em Sergipe nos alerta: o voto é somente uma parcela do nosso papel enquanto cidadãos, uma parcela importante que deve ser garantido e promovido como um ato individual e consciente de cada cidadão baseado nas propostas e integridade dos candidatos e não em barganhas de politicagem entre lideres, nem como o fim em si de nosso papel. No entanto, a nossa cidadania vai muito além do voto, somos seres políticos que precisam estar organizados e conscientes do nosso processo de construção social.

 
Em Cristo,
 

Caio Marçal – Sec. De Mobilização da Rede FALE.

 
Fonte:

quinta-feira, agosto 09, 2012

NOSSO DEUS É INABALÁVEL



Clique no player para ouvir a mensagem


NOSSO DEUS É INABALÁVEL

Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Sião: nunca se abala, está firme para sempre. Jerusalém é rodeada de montanhas, e o Senhor envolve o seu povo, desde agora e para sempre. O cetro do injusto não pesará sobre a parte dos justos, para que a mão dos justos não se estenda para o crime. Senhor, faze o bem aos bons, aos corações retos. E os que se desviam por trilhas tortuosas, que o Senhor os rejeite com os malfeitores. Paz sobre Israel! Salmo 125

Introdução

Ansioso por segurança num mundo cheio de incertezas, o ser humano busca encontrar motivação para superar os obstáculos que encontra pelo caminho.

“Este salmo, que era cantado pelos hebreus enquanto subiam para adorar no templo, demonstra uma profunda convicção de confiança no poder e na fidelidade do Senhor”.

O Salmista chama a atenção para alguns fatos que pareciam estar esquecidos na memória do povo, cansado por tanto sofrimento. Estes fatos são os seguintes:


1. Devemos confiar na proteção divina:
“Aqueles que confiam no Senhor são como o monte Sião: nunca se abala, está firme para sempre”.
  • O salmista escreveu este poema contemplando o monte Sião, que é uma montanha muito importante na terra de Israel.
  • Estudos geográficos, feitos naquele terreno, indicam que ele possui uma formação rochosa muito antiga, e por isso, é muito sólida.
  • A Região do mundo onde Israel se encontra é muito afetada por terremotos. Alguns deles são tão fortes, que abalam as estruturas das montanhas menos resistentes.
  • O Monte Sião, ao contrário disto, está sempre firme, não importando qual seja a intensidade do tremor que lhe atinja.


2. A proteção de Deus envolve os seus filhos:
“Jerusalém é rodeada de montanhas, e o Senhor envolve o seu povo, desde agora e para sempre”.
  • Individualmente somos fracos,
  • Quando nos alicerçamos no Senhor nos tornamos fortes
  • A proteção de Deus sobre os seus filhos lhes cerca e guarda de todo o mal.
  • O Salmista fala dos montes que estão em volta de Jerusalém transformando-a numa fortaleza natural, que dificulta as investidas dos inimigos.



3. O Senhor está atento para ouvir a nossa súplica.
“Senhor, faze o bem aos bons, aos corações retos”.
·         O Salmista se sentia livre para expressar a Deus o desejo de seu coração.
·         Ele intercede pelos justos, que sofrem quando vêm o seu direito ignorado e a justiça corrompida.
·         Ele está disposto a aceitar a manifestação da vontade divina, mesmo que ela seja contrária à sua vontade.


4. Deus não ignora o nosso anseio por justiça:
“O cetro do injusto não pesará sobre a parte dos justos, para que a mão dos justos não se estenda para o crime” (...)E os que se desviam por trilhas tortuosas, que o Senhor os rejeite com os malfeitores.
  • “O salmista vivia num tempo em que o povo era governado há muito tempo por autoridades injustas e já estava encarando a injustiça como ‘ordem’”.
  • Ele manifesta a sua preocupação de que o triunfo, mesmo que temporário, dos ímpios, venha desanimar o coração dos justos.
  • O salmista apresenta uma visão equilibrada entre a fé e a realidade.
  • Assim como ele confia na Justiça do Senhor para abençoar os retos de coração.
  • Ele tem certeza de que Deus conhece a fragilidade da alma humana. 

Conclusão

Ao deixar a sua vida nas mãos de Jesus, você poderá contar com a proteção dele em qualquer circunstância. Aqueles que não confiam e Deus podem não ter estrutura para resistir, quando vier o tempo do desespero e da decepção.

É bom saber que, apesar de tantas injustiças e da corrupção que toma conta do mundo, o Deus poderoso se encarregará de fazer valer o direito dos justos, ainda que pareça estar demorando demais. “O cetro dos ímpios”, ou seja, o reinado dos pecadores não permanecerá, será destruído.

Vale a pena confiar no Senhor, porque ele nos manterá firmes, mesmo no dia mau, e quando o tempo de Deus se cumprir, viveremos em paz, desfrutando da grande benção de haver confiado num Deus inabalável. Paz sobre Israel! Paz sobre a Igreja do Caminho!

sexta-feira, julho 27, 2012


VOCÊ TEM SEDE DE QUE?
 

No último dia da festa, que é o mais solene, Jesus ficou de pé e gritou: “Se alguém tem sede, venha a mim, e aquele que acredita em mim, beba. É como diz a Escritura: ‘Do seu seio jorrarão rios de água viva’.” Jesus disse isso, referindo-se ao Espírito que deveriam receber os que acreditassem nele. De fato, ainda não havia Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado. João 7.37-39 (Jesus é a fonte da vida)


Mais uma vez Jesus utiliza as necessidades básicas do ser humano como ilustração para os objetivos de seu ministério. A água é fundamental para a preservação da vida e da boa saúde.  Devido ao desconforto que provoca, a sede costuma exigir satisfação imediata.


Em seu emblemático encontro com a mulher samaritana, relatado no capítulo 4 do evangelho de João, Jesus fala de uma sede que não é física, mas que não pode ser ignorada, com o risco de provocar uma grande insatisfação existencial: “Quem bebe desta água vai ter sede de novo. Mas aquele que beber a água que eu vou dar esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe darei, vai se tornar dentro dele uma fonte de água que jorra para a vida eterna.” João 4.13-14.
 

Ao ouvir falar das propriedades maravilhosas desta fonte que Jesus estava anunciando, é possível notar certa ironia na resposta da mulher: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise vir aqui para tirar.” João 4.15.


Mas que sede é essa em que uma pessoa perfeitamente hidratada fisicamente pode sofrer tendo o seu espírito ressecado pela falta de esperança? A complexa alma humana é insatisfeita por natureza e diariamente e demanda respostas diárias aos seus questionamentos.


Abraham Maslow propôs a hierarquização das necessidades humanas da seguinte forma: Necessidades fisiológicas, segurança, pertencimento, reconhecimento das capacidades pessoais e de auto realização.


Jesus falou aos seus contemporâneos sobre o efeito que o evangelho produziria na vida de quem se dispusesse a crer. Afinal de contas, nada pode ser mais prazeroso para um habitante do deserto, que imaginar uma fonte jorrando água fresca num dia de sol escaldante.


O ser humano tem sede de beleza, de arte de alegria, por mais que ele ganhe dinheiro, fama e poder, se ele não tem condições de usufruir destes prazeres sua vida se torna frustrante.


A música “Comida” de Marisa monte, que ficou famosa pela banda Titãs, fala destas necessidades que parecem banais, mas trazem sentido à vida:


Bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
a gente não quer só comida
a gente quer comida, diversão e arte.
gente não quer só comida,
a gente quer saída para qualquer parte.
a gente não quer só comida,
a gente quer bebida, diversão, balé.
a gente não quer só comida,
a gente quer a vida como a vida quer.


bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?
a gente não quer só comer,
a gente quer comer e quer fazer amor.
a gente não quer só comer,
a gente quer prazer pra aliviar a dor.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer dinheiro e felicidade.
a gente não quer só dinheiro,
a gente quer inteiro e não pela metade.
bebida é água.
comida é pasto.
você tem sede de que?
você tem fome de que?


Você tem sede de que? A samaritana não alcançou a metáfora de Jesus referente à fonte de água. Ela se reportou às limitações do ambiente hostil onde eles se encontravam: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou samaritana?” João 4.9; “Não tens um balde, e o poço é fundo. De onde vais tirar a água viva?” João 4.11.  


Pacientemente Jesus lhe fez ver o poder do evangelho transformar os desertos escaldantes da vida em aprazíveis oásis onde a fonte de água viva renova as forças e amplia as perspectivas da vida.

quarta-feira, junho 20, 2012

Princípios para uma ética cristã a partir de Gálatas 5.13

Princípios para uma ética cristã a partir de Gálatas 5.13

"Irmãos,vocês foram chamados para serem livres. Que essa liberdade, porém, não se torne desculpa para vocês viverem satisfazendo os instintos egoístas. Pelo contrário,disponham-se ao serviço uns dos outros através do amor".


A ética cristã subverte certos valores da hierarquia humana, com o intuito de chamar a atenção para detalhes importantes, que são esquecidos na ferrenha batalha por um lugar ao sol em que homens e mulheres estão envolvidos cotidianamente. Neste versículo, Paulo destaca o conceito de liberdade analisando-o pela ótica da mensagem de Jesus Cristo, que estabelece o serviço ao próximo como um padrão de excelência para quem deseja ser fiel a Deus.

Em todos os períodos da história da civilização o poder, que se caracteriza pela condição que alguns indivíduos possuem de dominar os outros, sempre foi um objetivo cobiçado. Servir era para os fracos, para os escravos, para aqueles que foram derrotados. O evangelho inovou ao propor que ao invés da força, o amor ditasse as regras de convivência social servindo de base para a construção de uma ética contrária à injustiça e à opressão.

Fomos chamados para ser livres, mas o que isto significa na prática? O apóstolo alertou para o perigo que o abuso da liberdade pode representar ao testemunho cristão. O que seria do mundo se todos fizessem o que bem entendessem? O discípulo de Cristo deve encarar a sua liberdade como uma oportunidade para demonstrar o quanto o amor divino pode transformar a vida do seu próximo.

Na busca de princípios para a construção de uma ética cristã consistente, o amor é a palavra chave para definir o rumo a ser seguido pela comunidade eclesiástica. A falta de amor leva ao descaso com pobres, com as crianças desamparadas e com todos os que sofrem as consequências da exclusão social. A presença do amor traz o cuidado,e faz toda a diferença.

O cuidado é a base da ética humanizadora. Na sequência do texto da epístola aos Gálatas, Paulo afirma: "Pois toda a Lei encontra a sua plenitude num só mandamento: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'“. (v.14). O amor torna o outro importante e o transforma num ser digno de cuidado. É a partir daí que se começa a entender a ideia da igreja como o corpo de Cristo, onde a alegria ou o sofrimento de uma pessoa envolve a todos na celebração ou na busca do tratamento para o mal que a aflige.

O evangelho de Mateus alerta: "o maior de vocês deve ser aquele que serve a vocês". (23.11). No âmbito do reino de Deus a disposição para servir ao próximo é sinal de maturidade espiritual. O ato puro e simples de servir não tem tanta importância quanto a disposição do coração daquele que serve. O ativismo interesseiro chama atenção para uma pessoa ou grupo específico e não produz transformações onde ele acontece. O serviço dedicado com amor semeia esperança nos corações desanimados.

O exercício egoísta daliberdade prejudica a vida em comunhão: "Se vocês se mordem e se devoram uns aos outros, tomem cuidado! Vocês vão acabar destruindo-se mutuamente".(Gl 5.14), mas o amor é capaz de tornar compreensíveis conceitos que não se consegue expor com palavras. Em sua poesia, Cecília Meireles afirmou: "Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”.

O serviço ao próximo, o amor e o cuidado precisam ser os princípios básicos para orientar a doutrina e a práxis de qualquer igreja cristã, que deseja ter a sua relevância social e espiritual reconhecida na comunidade onde ela se encontra.

Referências:

BOFF, Leonardo, SaberCuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Vozes, Petrópolis, RJ, 1999.

BÍBLIA SAGRADA – EdiçãoPastoral – Tradução Ivo Storniolo, Euclides Martins Balancin – Paulus – SP –1991.

terça-feira, maio 29, 2012

Cartão Ore e Envie | Igrejas Ecocidadãs

Cartão Ore e Envie | Igrejas Ecocidadãs

quinta-feira, maio 24, 2012

ELISEU: PROFECIA É AÇÃO SOLIDÁRIA - Ruben Marcelino



ELISEU: PROFECIA É AÇÃO SOLIDÁRIA

Ruben Marcelino

INTRODUÇÃO

Quero pensar sobre 2Rs 6.8-23. Trata-se de uma história do profeta Eliseu. Uma história impressionante de solidariedade em pleno contexto de uma guerra entre a Síria e Israel. Nela, quero destacar três dimensões da ação profética de Eliseu relacionadas à solidariedade.

1) ELISEU MOSTRA-SE SOLIDÁRIO PARA COM A SUA COMUNIDADE

Percebemos que a ação profética de Eliseu é dirigida inicialmente à proteção do seu povo contra a ameaça dos sírios. Eliseu entende que a sua atividade de profeta está inserida no quadro maior da aliança do SENHOR com Israel e deve servir à promoção dessa aliança. Embora críticos ferozes de Israel em vários momentos, os profetas, como é o caso de Eliseu aqui, também põem-se ao lado do seu povo para solidarizarem-se com eles em momentos de crise.
É curioso que, em todo o ciclo de Eliseu (2Rs 2 - 13), haja várias histórias de milagres desse profeta em que grupos mais amplos de pessoas são beneficiados. Eliseu mostra que o SENHOR em nome de quem ele profetiza está presente quando há ações concretas de solidariedade do homem e da mulher de fé, ao mesmo tempo, em favor da comunidade de fé e também da comunidade secular. Digo isso porque a crise que Israel enfrentava era também uma crise política. Do mesmo modo, não somos somente pessoas vinculadas a um grupo religioso, mas igualmente cidadãos. Não basta dizer o que é que Deus quer para a igreja, o bairro, o município, a cidade, o país ou o mundo, seja consolo, justiça, recursos ou caridade. É preciso pessoalmente empenhar-se para que essas coisas aconteçam. O SENHOR dissera a Eliseu quais eram as pretensões dos sírios em relação a Israel. Mas Israel só foi salvo porque o profeta comunicou o que sabia ao rei.
Gostaria de sugerir que você pensasse modos pelos quais pode mostrar-se solidário em favor desta comunidade cristã da qual faz parte e em favor de outros grupos sociais nos quais você está inserido(a): Há atividades aqui na igreja em que você poderia ajudar? Há alguma coisa que você possa fazer para melhorar as condições de vida no seu bairro? Há pessoas e animais aos quais você poderia prestar assistência?

2) ELISEU MOSTRA-SE SOLIDÁRIO PARA COM O SEU COMPANHEIRO MAIS PRÓXIMO

Na angústia do seu moço por causa do cerco dos sírios a Dotã, Eliseu amparou-o. O texto deixa claro que o profeta era o principal implicado naquela ameaça. Entretanto, Eliseu deixou a si mesmo de lado por um momento e foi cuidar do seu companheiro aflito.
O milagre fora incrível, sem dúvida! Imagine olhar as montanhas e vê-las tomadas por cavalos e carros de fogo! E mais, um exército tão surreal que está a nosso favor! O moço de Eliseu certamente foi confortado diante da ameaça do cerco das tropas dos sírios. Só que ele só pode ver o que viu porque Eliseu, o profeta, encorajou-o e, em seguida, pediu ao SENHOR por ele. A solidariedade de Eliseu "abriu os olhos" do seu moço para ver mais amplamente e, assim, devolveu-lhe a esperança. Eliseu ajudou seu moço a lidar com aquela situação de tensão e tranquilizou-o.
Há muitos, é verdade, que precisam de nossa solidariedade. E quanto àqueles que estão mais próximos de nós? São mães, pais, esposas, esposos, filhas, filhos, parentes, amigos, pessoas de nossa intimidade, animais de estimação que podem estar sofrendo sem que a gente dê pela coisa. Podemos achar que é suficiente dizer que precisam fazer isso ou aquilo para melhorar. Mas a solidariedade parece exigir que apoiemos esses nossos próximos fazendo tudo o que pudermos e, ainda, permaneçamos ao lado deles(as) mesmo que, no momento, não saibam, ou não consigam, ou não queiram fazer o necessário para melhorarem. Eliseu disse ao seu moço: Não temas, ou seja, tranquilize-se! Também disse: Você não está sozinho, eu estou do seu lado e há muito outros por nós! Depois, o próprio Eliseu faz algo em favor do rapaz: uma oração ao SENHOR. Em sua ação solidária, Eliseu move-se do seu moço para si. O companheiro do profeta não resolveria sua crise sozinho. Eliseu assegurou-lhe que havia três envolvidos na solução do problema: o moço, o SENHOR e o próprio profeta.
"Abrir os olhos" de nosso mais próximo aflito não é algo com que lidar como se fosse coisa qualquer, que não nos diz respeito. Envolve ser os olhos do outro enquanto este os tem (ou mantém) fechados.

3) ELISEU MOSTRA-SE SOLIDÁRIO PARA COM AQUELES QUE LHE QUERIAM MAL

Os sírios haviam cercado Dotã para prender Eliseu. Diante daquele exército hostil, o profeta age em três etapas:
a) Fechando os olhos sírios: A primeira oração de Eliseu ao SENHOR em relação aos sírios, bastante específica, desencadeia uma cegueira nos seus adversários. É como se a atitude de Eliseu fizesse com que os sírios se deparassem com o que estava envolvido em sua ação agressiva. A hostilidade prejudica não apenas quem é hostilizado, mas também quem hostiliza. Isso desnorteia a pessoa, pois ela já não é capaz de enxergar mais nada além do mal que quer causar, acabando, no final, por ser atingida por suas próprias ações.
b) Conduzindo os sírios enquanto cegos: Eliseu leva os sírios cegos para dentro da Samaria, capital de Israel, seus adversários. O profeta procura, ironicamente, conduzi-los a "olhar mais de perto" a condição em que sua hostilidade os coloca. Isto é, através de Eliseu, os sírios percebem aonde sua agressividade vai levá-los: a mais agressividade por parte daqueles a quem têm por inimigos. Notem que o rei de Israel, logo que vê os sírios em seu poder, já quer matá-los!
c) Abrindo os olhos dos sírios (e de Israel) para que entendessem que, ao mal, responde-se com o bem: Os sírios se deram conta da enrascada em que se meteram. Foram atrás de Eliseu e caíram nas mãos de Israel. O ansioso rei de Israel, por sua vez, não podia esperar por chance melhor de acabar com a raça dos inimigos. Entre os dois lados, estava Eliseu. O profeta, porém, faz algo que surpreende os sírios e Israel. O rei de Israel, diz Eliseu, se quisesse, que matasse aqueles a quem ele próprio capturasse. Os cativos trazidos pelo profeta, entretanto, seriam alimentados e libertados. Os sírios e Israel vinham uns de encontro ao outro com ódio. Eliseu veio ao encontro de ambos com solidariedade. O último versículo do texto diz que "da parte da Síria não houve mais investidas na terra de Israel".
Solidariedade não se pratica por merecimento, mas humanidade. Não para ganhar alguma coisa, mas dar o que o outro precisa. E, mesmo que haja ódio do outro lado, os efeitos do gesto solidário podem ser incríveis.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Alguns estudiosos do Novo Testamento já disseram que Jesus, conforme descrito nos Evangelhos Sinóticos (Marcos, Mateus e Lucas), aproxima-se muito do estilo de Elias e Eliseu. Os três notabilizam-se pelos milagres que fazem, sim, mas também por aquilo que está envolvido em tais milagres: a solidariedade para com as pessoas. Pode-se dizer que, em certo sentido, Jesus foi discípulo de Eliseu. Como Eliseu, Jesus preocupava-se com seu povo e assistiu muitas pessoas. Como Eliseu, Jesus cuidava dos seus próximos: ele alimentou seus discípulos, ensinou-os e defendeu-os, procurando, inclusive, por aqueles que o haviam abandonado quando fora preso. Como Eliseu, Jesus não negou ajuda a pessoas consideradas indignas ou inimigas, além de não ameaçar ou reagir com violência contra aqueles que o torturavam. Jesus andou nos passos de Eliseu. Vamos junto com ele?

Prédica proferida na Igreja Batista Central de Novo Hamburgo em 11 de março de 2012.

terça-feira, abril 24, 2012

IGREJA, VISÃO E MISSÃO



igreja, VISÃO E MISSÃO.

"Então Jesus disse-lhes: Vão pelo mundo inteiro e anunciem a boa notícia para toda a humanidade. Quem acreditar e for batizado, será salvo. Quem não acreditar, será condenado. Os sinais que acompanharão aqueles que acreditarem são estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; se pegarem cobras ou beberem algum veneno, não sofrerão nenhum mal; quando colocarem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados”. Marcos 16.15-18

O evangelho é a proposta divina para o mundo que está em crise. O novo testamento apresenta a preocupação de Jesus em orientar os discípulos para um futuro em que eles não contariam mais com a sua presença física para apoiá-los.

Os textos conhecidos como “a grande comissão” enfatizam os eixos nos quais a missão eclesiástica precisa se basear, para tornar-se uma agência propagadora do Reino. Estes eixos são: ir, anunciar, ensinar, curar e libertar.

A observância atenta destes princípios permite que a igreja se articule num relacionamento harmonioso com o céu e com a terra, cuidando da alma perdida, sem se esquecer de tratar o corpo que sofre.

Ir, o primeiro eixo da missão, caracteriza a mobilidade que a igreja deve ter para estar nos lugares onde o evangelho precisa ser ouvido. “Vão pelo mundo inteiro”. O verbo ir luta contra a tendência natural que o ser humano tem de ficar no mesmo lugar por toda a vida.

Quando se espalha, a igreja amplia a sua influência e coloca o outro em seu raio de ação, mas quando se torna estática, ela se transforma num clube, que cresce pensando apenas em si e no que lhe é mais conveniente.

O segundo eixo, anunciar, ressalta a importância de se proclamar a mensagem a todos quantos puderem ouvir. “Anunciem a boa notícia”. A esperança que recebemos de Deus é um tesouro que não pode ficar guardado a sete chaves, porque evapora e se perde. Ele precisa ser compartilhado para multiplicar-se e cumprir o seu propósito restaurador.

O evangelho amplia o entendimento. Após ouvi-lo a pessoa se torna consciente de seu valor diante de Deus e da humanidade, passando a lutar pelos seus direitos e por aqueles que não possuem meios para se defender quando sofrem injustiças.

Ensinar, o terceiro eixo, destaca a centralidade do ensino bíblico para a construção de um modelo de missão saudável para a igreja. “Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos”. Mateus 28.18.

É no processo de discipulado que se criam os vínculos que vão manter as pessoas na congregação. Estas amizades se tornam preciosas nos momentos importantes da vida, sejam eles as crises ou as comemorações.
Os irmãos na fé nos convencem de que somos amados por Deus caminhando ao nosso lado, para não nos deixar solitários, ouvindo-nos atentamente durante horas, ou simplesmente caindo na gargalhada, quando contamos uma piada sem graça.

O ato de ensinar forja a unidade espiritual no caráter da igreja, pois o discipulador transmite os seus conhecimentos bíblicos e aprende com as experiências de seu discípulo. Nesta prática é possível descobrir que, no reino de Deus não existe pobre ou rico, erudito ou analfabeto.  Somos todos necessitados e dependentes uns dos outros, quando o assunto é a graça de Deus.

O quarto eixo da missão, curar, enfatiza o cuidado que se deve ter com o próximo. Jesus sempre acolheu os doentes que lhe solicitaram ajuda demonstrando amor ao curar as suas enfermidades. Deus pode operar curas sobrenaturais, mas o maior milagre acontecerá quando os cristãos se envolverem apaixonada e responsavelmente no enfrentamento dos sérios problemas estruturais que afetam comunidade onde eles vivem.

Num país em que os hospitais e as políticas públicas tratam de forma desumana as multidões que não têm condições de pagar por um atendimento melhor, a igreja não pode ficar indiferente cultuando em templos confortáveis, como se nada estivesse acontecendo.

Em busca de uma inserção eficaz, a igreja pode colocar-se como mediadora entre o poder público e as autoridades na busca de alternativas que atendam às demandas da sociedade da qual ela faz parte.

Cuidado significa: solicitude, preocupação, responsabilidade, ele permite a comunhão entre as pessoas e o respeito. “O cuidado somente surge quando a existência de alguém tem importância para mim.” 1 A opressão produz doença, mas o cuidado viabiliza a cura.

Libertar, o quinto eixo, assinala o envolvimento da igreja com as dores sociais e espirituais do mundo.  “Os sinais que acompanharão aqueles que acreditarem são estes: expulsarão demônios em meu nome”. Jesus não permitia que as pessoas vivessem possessas por maus espíritos. Por onde passava ele as libertava. Esta faceta de seu ministério era tão importante que os discípulos receberam a autoridade para enfrentar o poder das trevas.

De muitas maneiras o povo tem se deixado dominar espiritualmente por líderes manipuladores, que sob o pretexto da fé, aprisionam aqueles que os seguem e os utilizam para alcançar os seus objetivos pessoais. A missão da igreja é desmascarar estas armações e anunciar que um novo tempo de liberdade chegou.

Durante um discurso na sinagoga de Nazaré, Jesus anunciou o seu programa de atividades ministeriais e manifestou a sua preocupação com as questões sociais do seu tempo: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele (...) enviou-me para proclamar a libertação aos presos (...); para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor”. Lucas 4.18.19.

Na Galileia ocupada, Jesus mencionou temas sensíveis para os ouvidos das tropas romanas, ávidas por encontrar os revolucionários de plantão. Apesar das restrições, ele não deixou de afirmar o quanto os oprimidos, os fracos e os desprezados são bem vindos, no reino de seu Pai.

Ir, anunciar, ensinar, curar e libertar resumem a razão que a igreja tem para existir. No texto das bem aventuranças Jesus incentiva os seus discípulos a mostrar ao mundo que eles desejam fazer diferença:

“Vocês são o sal da terra. Ora, se o sal perde o gosto, com que poderemos salgá-lo? Não serve para mais nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também: que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu”.

Uma igreja que deseja ser relevante precisa ter a sensibilidade aguçada para perceber os assuntos que mexem com o coração de sua vizinhança. Enquanto permanecer isolada, ela não terá a chance de conhecer a sua comunidade e jamais conquistará o seu coração.

Mais do que um local para reunião e ensino de doutrina, a igreja realiza a sua função espiritual quando se transforma num lugar de amor, que acolhe os seus membros, trata as suas feridas e os encoraja a não desistir, apesar das dificuldades.

NOTA

1. BOFF, Leonardo. Saber Cuidar, p. 91

REFERÊNCIAS

BOFF, Leonardo, Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela terra – Vozes – Petrópolis – RJ – 1999.

BÍBLIA SAGRADA – Edição Pastoral – Tradução Ivo Storniolo, Euclides Martins Balancin – Paulus – SP – 1991. 

terça-feira, abril 03, 2012

V Congresso Brasileiro de Pesquisa Bíblica

Bíblia, violência e direitos humanos!
V Congresso Brasileiro de Pesquisa Bíblica
10 - 12 de Setembro de 2012 - UniBennett - Rio de Janeiro
Participe!


ABIB
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE PESQUISA BÍBLICA

O que é ser verdadeiramente um discípulo e igreja

sexta-feira, março 16, 2012

POESIA E PROFECIA - V Sarau IBCaminho

POESIA É PROFECIA


POESIA E PROFECIA

Porque a poesia e a profecia caminham tão próximas uma da outra? Porque poetas e profetas fazem da palavra o instrumento de sua arte.

O poeta fotografa o sentimento com os seus versos e neles descreve as alegrias, as expectativas e o desalento deste complexo ser que é o humano.

O profeta fica indignado com os poderosos que corrompem o direito dos necessitados e denuncia armações, que de outra forma, permaneceriam tranquilamente escondidas.

Após décadas no exílio, os hebreus voltaram à sua terra e a encontraram abandonada, destruída. A alegria serem livres lhes motivou a cantar, a fim de expressar o desejo de viver num lugar onde a justiça fosse regra e não exceção, para poucos e privilegiados.

Eles compuseram um salmo para exaltar o amor e a fidelidade a Deus, que lhes traria a tão sonhada paz:

Amor e Fidelidade se encontram, Justiça e Paz se abraçam.

A Fidelidade brotará da terra, e a Justiça se inclinará do céu.

O Senhor nos dará a chuva, e nossa terra dará o seu fruto.

A Justiça caminhará à frente dele, a salvação seguirá os seus passos.

Salmo 84.11-14.

A sensibilidade do poeta lhe revela segredos que, expostos, cativam ouvintes atentos. Ele semeia mudanças porque rompe barreiras e amplia as expectativas daqueles que vivem fechados em seu mundo. Quando proferida diretamente, a verdade alcança o cérebro e pode ser rejeitada. Na forma de poesia, ela toca os corações e transforma vidas.

O profeta é a voz daqueles que foram emudecidos pela tirania. De sua boca sai o grito da mãe desesperada pelo filho doente que não consegue atendimento nos hospitais públicos e da criança que sofre abusos, mas não tem com quem dividir o seu sofrimento.

O profeta sente a dor do outro como se sua fosse, por isso ele segue à risca a recomendação feita pela bíblia sagrada: “Abra a boca em favor do mudo e em defesa dos desfavorecidos. Abra a boca e dê sentenças justas, defendendo o pobre e o indigente”. Provérbios 31.8-9

Poesia e profecia são irmãs, filhas do amor, filhas de Deus. Fomos chamados para testemunhar e comissionados para sermos profetas e poetas com o objetivo de anunciar, em alto e bom som, a boa notícia de que o Reino de Deus está entre nós.

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

EMERGÊNCIAS

EMERGÊNCIAS

"Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: Não tenha medo; apenas tenha fé!” Marcos 5.36.

Todos os dias durante o exercício do ministério os pastores, missionários e líderes eclesiásticos lidam com o drama das pessoas que estão à sua volta. Os problemas não escolhem hora, eles simplesmente aparecem e precisam ser resolvidos.

Jesus tinha acabado de libertar um homem possesso por maus espíritos e tomou uma barca para atravessar o Mar da Galileia. Mal chegou à praia foi cercado pela multidão e um homem desesperado se aproximou implorando por sua filha enferma, que agonizava.

Diante de um pedido como este qualquer pessoa, em sã consciência interromperia suas atividades para atender ao pai e tentar evitar que o pior acontecesse. Na mesma hora Jesus se dirigiu à casa de Jairo, um importante líder religioso da cidade. Mas com tanta gente cercando-o, era difícil avançar com rapidez.

Neste momento de tanta pressa, mais um drama começa a se desenrolar na frente de Jesus. "Aí chegou uma mulher que sofria de hemorragia já há doze anos; tinha padecido na mão de muitos médicos, gastou tudo o que tinha e, em vez de melhorar, piorava sempre mais. A mulher tinha ouvido falar de Jesus. Então ela foi ao meio da multidão, aproximou-se de Jesus por trás e tocou na roupa dele, porque pensava: “Ainda que eu toque só na roupa dele, ficarei curada.” Marcos 5.25-28

A mulher desesperada por seu problema de saúde tenta se aproximar pelas beiradas, a fim de ter uma chance de chegar perto deste homem poderoso e tocar em suas vestes. Quando ela consegue, o cortejo para, e Jesus lança uma pergunta aparentemente sem sentido naquela ocasião: “Quem foi que tocou na minha roupa?” Com tanta gente ali, era impossível que ele não tivesse sido tocado centenas de vezes.

O texto bíblico não traz esta informação, mas acredito que Jesus percebeu a mulher enferma desde o primeiro momento, mas a deixou à vontade para que ela se aproximasse da maneira que lhe parecesse melhor, para derramar diante dele toda a ansiedade que habitava em sua alma.

Após a cura, Jesus pede que a mulher se apresente, certamente para que ela soubesse que ninguém pode se esconder de Deus. Ao vê-la ,amorosamente lhe diz: “Minha filha, sua fé curou você. Vá em paz e fique curada dessa doença”.

Mais um problema resolvido e todos vão embora felizes da vida, correto? Não! Enquanto o cortejo ficou parado e Jesus atendia à mulher Jairo, angustiado pensava que os preciosos momentos perdidos certamente fariam falta para salvar a sua filha.

Não demorou muito e os piores temores daquele pai se confirmam: "Jesus ainda estava falando, quando chegaram algumas pessoas da casa do chefe da sinagoga e disseram a Jairo: Sua filha morreu. Por que você ainda incomoda o Mestre?”.

Diante daquele homem decepcionado Jesus tranquilamente declara: “Não tenha medo; apenas tenha fé!”. O que ninguém ali sabia é que estavam diante de alguém que tinha o poder para vencer a morte e que a partir desta perspectiva, as emergências humanas perdem a razão de ser.

Quando entrou na casa enlutada suas palavras mais uma vez não fizeram sentido para aqueles corações doloridos: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu. Ela está apenas dormindo”. Um misto de indignação e raiva deve ter invadido aquele lugar: Se é tão poderoso, porque não chegou antes? Devem ter pensado.

Após entrar no quarto, acompanhado dos pais e de Pedro, Tiago e seu irmão João, Jesus, com a sua palavra, devolveu a vida à menina e a alegria daquela casa foi grande. Qual é a emergência que angustia o seu coração? Coloque-a nas mãos de Deus, porque ele cuida de seus filhos com amor.

sábado, fevereiro 25, 2012

Uma Bênção Antiga

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Esperança Alimento Para a Alma - O Livro

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domingo, janeiro 22, 2012

SÉRIE REVIRAVOLTA 1º Capítulo



SÉRIE REVIRAVOLTA 1º Capítulo

O seriado, produzido pela Igreja Batista de São Tomé e dirigido por Renata Oliveira, que é missionária da Junta de Missões Mundiais, está sendo exibido na TVS - televisão santomense, para todo o país.

Os episódios são voltados para os jovens, abordando os problemas que eles enfrentam na perspectiva dos princípios bíblicos, e trazem cenas de ação, para prender a atenção dos espectadores.

Não estou muito atualizado sobre o que os missionários brasileiros têm feito pelo mundo afora, mas considero uma grande ousadia, em termos de estratégia missionária, a ideia de produzir um seriado. Ainda não tinha visto algo semelhante.

Através da arte de representar é possível discutir os temas importantes do cotidiano e mostrar que o evangelho pode trazer respostas consistentes a todos eles. É também uma boa oportunidade para nós que estamos aqui no Brasil, e acompanhamos o ministério da Renata, conhecermos um pouco da vida e da cultura de São Tomé e Príncipe.

terça-feira, janeiro 17, 2012

Mesa Teológica

Assunto: Consumo desenfreado, um estilo de vida perigoso.
  • Consumir é o passatempo preferido da sociedade pós-moderna. Para alguns o ato de comprar é uma verdadeira terapia. De que forma os hábitos de consumo contribuem para o aprofundamento do abismo social? Será que é possível comprar sem culpa?
Palestrante: Marcos Vichi

Objetivos:
  • Proporcionar a reflexão de que a busca pela justiça social também faz parte do exercício de uma vida devocional sadia.
  • Discutir o tema da preservação ambiental, a partir de bases bíblicas, que nos tornem capazes de olhar para o lugar em que vivemos, como um bem precioso, que deve ser cuidado.
Data: 11 de Fevereiro – Consumo desenfreado, um estilo de vida perigoso.

Horário: 16h00m

Local: Igreja Batista do Caminho (Congregação da PIB Niterói)

Endereço: Rua 137 (Rua Alódio Monteiro dos Santos), casa 162, Piratininga -
* Referência: Esquina com a Avenida Doutor Acúrcio Torres.

Veja o mapa no Google Maps.