“Buscai o bem e não o mal, e vivereis; e o Senhor Deus dos exércitos estará convosco, como o dizeis. Detestai o mal, amai o bem, fazei reinar a justiça nas vossas assembléias; talvez então o Senhor, o Deus dos exércitos, tenha piedade do que resta de José!” Amós 5.14-15
A corrupção generalizada produz a decadência de uma nação, porque a riqueza por ela produzida fica concentrada na mão de poucos. Quando esta riqueza é fruto do trabalho honesto, ela estimula o amor do povo à sua terra, pois o indivíduo valorizará o lugar de onde ele tira o seu sustento.
A corrupção estimula o egoísmo predatório, cada um cuida do seu e ninguém olha para o seu próximo como um semelhante criado e amado por Deus. O outro é sempre uma ameaça que precisa ser contida. Dividida contra si mesma, a terra se enfraquece e sofre.
Sentindo a ameaça das nações ao seu redor, Israel buscou alianças políticas e militares com vizinhos que pudessem lhe oferecer proteção contra os grandes e poderosos impérios inimigos. O erro desta estratégia estava em se esquecer de cuidar do principal problema: a injutiça social e o consequente afastamento de Deus.
Cada esfera da vida pública estava contaminada e não conseguia se desvincular da iniquidade. Os ricos não tinham mais pudor de enriquecerem à custa da exploração dos mais pobres. O versículo 7 afrma: “Convertem o direito em absinto, e lançam por terra a justiça”. Os pesados tributos retiravam da mesa do trabalhador o que ele produzia de melhor e o restante, não era suficiente para alimentar a sua família.
É impossível suportar tanto desequilíbrio indefinidamente. De tão comum, a iniquidade já não causava indignação. O jogo sujo dominava a conduta social e se alguém ousasse discordar, sofreria as consequências. Novamente o profeta observa: “Por isso o prudente se cala neste tempo, porque é tempo mau”. (V13). O medo de falar a verdade calava os justos.
O profeta anunciava a mensagem de Deus: “Buscai o bem e não o mal”. E não bastava somente bucar o bem, uma mudança radical era exigida: “Detestai o mal”. Para que o Senhor voltasse a se agradar do seu povo, eles precisariam estabelecer a justiça como o a regra máxima a orientar as suas decisões.
As celebrações religiosas seriam inúteis se não acontecessem como fruto de um verdadeiro arrependimento e do desejo de fazer com que a justiça se tornasse a ofertas principal a ser apresentada no altar.
Deus chama o seu povo para se afastar do mal e buscar a justiça e a misericórdia como estilo de vida.
Um comentário:
E aí, cara!
Bem legal a reflexão! Escreva mais sobre Amós! Que tal uma sobre o dito de Amós perante Amasias: "Não sou profeta nem filho de profeta, mas boieiro e cultivador de sicômoros. Javé tirou-me de detrás do rebanho e disse: 'Vai, profetiza ao meu povo Israel'"?
Escrevi dois poemas: um para o primeiro ano de casados meu e da Carla e outro sobre uma divindade egípcia que foi muito difundida em Israel na época do AT, cujo nome não aparece explicitamente nos textos (a não ser como partícula integrante de um nome em Esdras e Neemias), mas que pode ter influenciado a redação de alguns deles. Veja lá!
Um abração!
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