O teólogo brasileiro José Comblin não é brasileiro, não é teólogo, não é José. Nasceu na Bélgica, provavelmente como Joseph, e muito mais do que um pensador do sagrado, é um crítico da vida em sua totalidade. Desses intelectuais tão vorazes que resistem a reduções e classificações, e desses seres humanos que conquistam o direito de ser “a maioria moral de um homem só”, para lembrar Thoreau e Gandhi.
O povo o transformou em “Padre Zé” porque, junto aos pobres, assumiu a sua agenda de libertação e optou por caminhar distante das estradas autorizadas oficiais. Um belga que conseguiu ser expulso do Brasil e do Chile porque as ditaduras o consideravam “demasiadamente inteligente”, como teria comentado Pinochet; e hoje, com mais de oitenta anos de vida, continua a usar a sua sabedoria acumulada criticando as estruturas e a facilidade das instituições, incluindo as eclesiásticas, de caminhar lado a lado com o poder.
Vive o evangelho da simplicidade, um “Padre Zé”, convivendo lado a lado com os josés e marias das periferias, urbanas ou rurais. Ele mesmo um teólogo de periferia, na contramão institucional, optando sempre por formações alternativas, acompanhando leigos engajados na vida e nas lutas sociais, ajudando-os a construir instrumentos sociológicos e teológicos de análise, animando-os em suas opções por mais justiça e liberdade.
O Nordeste do Brasil pode mostrar as marcas da peregrinação de Padre Zé por cidades pequenas, mosteiros e movimentos diferentes, através de construções concretas e de árvores plantadas por ele mesmo. Mas a sua maior contribuição tem sido e continua sendo a marca que consegue imprimir na vida e nas escolhas de pessoas. São muitas as pessoas simples que conheço que fizeram opções e assumiram compromissos sérios, sob a influência de sua palavra e de seu exemplo. A Teologia da Enxada e vários movimentos missionários de leigos são resultados de suas iniciativas.
Depois de muitos anos morando na Paraíba, resolveu morar na Barra, no estado da Bahia, junto a Dom Luiz de Cappio, o bispo que luta pelo Rio São Francisco e seu povo. É uma nova hora e uma nova vez para José Comblin, e uma nova esperança para todos os josés. Sendo belga, é verdadeiramente o mais brasileiro dos brasileiros e é teólogo do povo, orgulho de toda Maria e de todo Zé.
Fonte: http://www.novosdialogos.com/artigo.asp?id=192
O povo o transformou em “Padre Zé” porque, junto aos pobres, assumiu a sua agenda de libertação e optou por caminhar distante das estradas autorizadas oficiais. Um belga que conseguiu ser expulso do Brasil e do Chile porque as ditaduras o consideravam “demasiadamente inteligente”, como teria comentado Pinochet; e hoje, com mais de oitenta anos de vida, continua a usar a sua sabedoria acumulada criticando as estruturas e a facilidade das instituições, incluindo as eclesiásticas, de caminhar lado a lado com o poder.
Vive o evangelho da simplicidade, um “Padre Zé”, convivendo lado a lado com os josés e marias das periferias, urbanas ou rurais. Ele mesmo um teólogo de periferia, na contramão institucional, optando sempre por formações alternativas, acompanhando leigos engajados na vida e nas lutas sociais, ajudando-os a construir instrumentos sociológicos e teológicos de análise, animando-os em suas opções por mais justiça e liberdade.
O Nordeste do Brasil pode mostrar as marcas da peregrinação de Padre Zé por cidades pequenas, mosteiros e movimentos diferentes, através de construções concretas e de árvores plantadas por ele mesmo. Mas a sua maior contribuição tem sido e continua sendo a marca que consegue imprimir na vida e nas escolhas de pessoas. São muitas as pessoas simples que conheço que fizeram opções e assumiram compromissos sérios, sob a influência de sua palavra e de seu exemplo. A Teologia da Enxada e vários movimentos missionários de leigos são resultados de suas iniciativas.
Depois de muitos anos morando na Paraíba, resolveu morar na Barra, no estado da Bahia, junto a Dom Luiz de Cappio, o bispo que luta pelo Rio São Francisco e seu povo. É uma nova hora e uma nova vez para José Comblin, e uma nova esperança para todos os josés. Sendo belga, é verdadeiramente o mais brasileiro dos brasileiros e é teólogo do povo, orgulho de toda Maria e de todo Zé.
Fonte: http://www.novosdialogos.com/artigo.asp?id=192
Um comentário:
Parabéns pelo belo trabalho apresentado aqui no blog.
Já estou seguindo!
Aproveito para lhe convidar a conhecer o meu blog, e se desejar segui-lo, será uma honra.
Seus comentários também serão sempre bem-vindos.
www.hermesfernandes.blogspot.com
Te espero lá!
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