A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E OS SEUS RICOS PREGADORES

A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE E SEUS RICOS PASTORES

Sábado (08/08/09) de manhã cedo, eu estava me preparando para ir ao trabalho e a TV estava ligada no programa do Silas Malafaia. Não tenho o hábito de assisti-lo, mas acabei deixando naquele canal mesmo, talvez para treinar o inglês, já que o pregador convidado era o Morris Cerrullo, de quem eu conhecia a fama, mas nunca o ouvira pregar.

De repente duvidei dos meus ouvidos: o Morris anunciou que havia uma unção financeira disponível a todos os que pegassem o telefone naquele momento e ligassem para o número que aparecia na tela, para fazer uma doação no valor de R$ 900,00 para o programa do Silas.

Depois da unção do dedão do pé, para abrir os caminhos na vida e do cimento abençoado para desenrolar as construções paradas, esta foi a pior aberração que eu já ouvi destes tele evangelistas. Ainda bem que não tenho o hábito de assisti-los.

À tarde, falei da minha indignação com a minha prima. Uma pessoa que estava ouvindo a conversa não gostou que estivéssemos criticando os “homens de Deus”, porque através da palavra deles, ela havia se convertido. E se eles estavam agindo de forma errada cabia a Deus, e não a nós, julgar. Me calei, pois naquele momento não adiantava argumentar.

Eu me assusto com a capacidade das pessoas para aderir a estes discursos enganadores de pessoas carismáticas. E com a forma que elas rejeitam as abordagens mais sensatas que estimulam a reflexão crítica da mensagem ouvida.

A igreja evangélica precisa de uma nova reforma, que acabe com a venda destas indulgências eletrônicas e restaure o princípio de amor ao próximo e de fidelidade a Deus, pregados por Jesus em seu ministério. A continuar assim, perderemos todo o respeito da sociedade, que nos olhará como exploradores da ingenuidade alheia.