segunda-feira, outubro 24, 2011

Esperança no Meio da Crise

Esperança no meio da crise by compartilhandopalavras

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Esperança no Meio da Crise

Efésios 3.16-20

Introdução

Numa conversa em casa minha mãe me perguntou: Como a religião nos prepara para suportar as pancadas da vida? Na hora a minha resposta limitou-se ao lugar comum, a repetir aquelas expressões que ouço desde que comecei a frequentar a igreja: Deus é bom, ele nos protege, espera milagres, etc. Todas estas afirmações são corretas, mas eu não fiquei satisfeito e continuei pensando sobre o assunto.

Alguns dias mais tarde, pensei sobre a fé em Deus e na importância que ela teve para me ajudar a superar as dificuldades da vida, que não foram poucas. Cheguei à conclusão de que é o relacionamento com Deus que faz toda a diferença na hora em que a tempestade chega com força.

O texto de Efésios 3.16-20 sempre me vem à mente nas horas difíceis. Ao estuda-lo podemos ver o quanto o relacionamento com Deus pode nos ajudar a encontrar esperança, mesmo no meio de uma grande crise.

Para facilitar o entendimento da mensagem, dividiremos o texto em três partes:

I

"Que ele se digne, segundo a riqueza da sua glória, fortalecer a todos vocês no seu Espírito, para que o homem interior de cada um se fortifique. 17 Que ele faça Cristo habitar no coração de vocês pela fé". Efésios 3.16-17a.

Para enfrentar uma trilha difícil, é preciso estar bem alimentado. Quando alguém está fraco, à medida que o tempo passa, a força se reduz sinalizando que o corpo está sentindo falta da alimentação que não recebeu. Dependendo do preparo físico, a pessoa não conseguirá chegar ao fim do caminho e terá que voltar para receber ajuda.

A boa alimentação produz força para seguir em frente, ela torna o corpo resistente às doenças que debilitam, desanimam, roubam a energia vital e podem até matar.

Fortalecer o espírito também é importante, pois é complicado acordar, sair de casa, enfrentar o trânsito para trabalhar e pensar que o final do mês está se aproximando e que o dinheiro não será suficiente para pagar todas as contas.

O texto bíblico afirma: “segundo a riqueza da sua glória, fortalecer a todos vocês no seu Espírito, para que o homem interior de cada um se fortifique”. Quando o espírito está forte, temos condições de suportar a luta diária pela sobrevivência, para enfrentar as incertezas e as crises, que estão rondando e aparecem para causar problema e tirar a paz.

O apóstolo Paulo ressalta a fé como o ponto de partida para a nossa união com Deus. A fé nos aproxima do Pai celestial. Este contato proporciona a consciência do amor de Cristo. Conscientes deste amor, podemos cuidar do alicerce de nossa fé.

II

"Enraizados e alicerçados no amor, vocês se tornarão capazes de compreender, com todos os cristãos, qual é a largura e o comprimento, a altura e a profundidade, de conhecer o amor de Cristo, que supera qualquer conhecimento, para que vocês fiquem repletos de toda plenitude de Deus". Efésios 3.17b-18

As árvores suportam ventos fortes no momento da tempestade. Quando estão bem enraizadas elas se vergam, mas não caem. Aquelas que estão doentes, ou com o tronco comido pelos cupins, não resistem, e causam muitos prejuízos.

Casas bonitas e bem arrumadas também sofrem as consequências da falta de um alicerce profundo e são levadas pela enxurrada causada por uma chuva mais forte. Quanto mais enraizados e alicerçados estivermos em Cristo, termos mais condições para resistir no dia mau.

Este enraizamento é fruto de um relacionamento com Deus. Uma árvore não cresce de um dia para o outro, ela precisa de tempo para se desenvolver e aprofundar as suas raízes no solo.

Da mesma forma acontece na vida com Deus, se cultivamos um relacionamento com ele, na hora em que a necessidade aparecer, saberemos onde buscar. Quando estamos fortes, mesmo que as pancadas nos atinjam de forma dolorida, elas não irão nos derrubar.

As amizades se fortalecem com o tempo. Quanto mais investimos em conhecer alguém, mais chances haverá para descobrir interesses comuns, preferências, até que chegar ao ponto de entendermos o que o outro quis dizer apenas com um olhar.

Devemos nos envolver com Deus de tal forma que não sejam necessárias muitas palavras, seja para expressar os nossos sentimentos, ou para ouvir a sua doce voz.

Conhecer intelectualmente o amor de Deus não é suficiente. É necessário experimentá-lo. A partir do momento em que estamos alicerçados e enraizados no amor, podemos compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo.

Estes conceitos remetem às construções que traze a ideia de uma casa onde podemos entrar e encontrar proteção e refúgio do mundo ameaçador. O lar é o nosso lugar, que transmite segurança e paz.

O Senhor nos convida a habitar em seu amor e a descobrir que a bênção que ele nos oferece, supera qualquer expectativa que possamos ter do que seja melhor.

Ao compreender esta dimensão do cuidado divino, podemos olhar as dificuldades de um novo patamar, o da esperança. Não temos a capacidade para resolver todos os problemas, mas confiamos naquele que pode cuidar daquilo que escapa ao nosso controle.

III

"Deus, por meio do seu poder que age em nós, pode realizar muito mais do que pedimos ou imaginamos; a ele seja dada a glória na Igreja e em Jesus Cristo por todas as gerações, para sempre. Amém!" Efésios 3.19-20.

Fazer muito mais é transformar o mal em bênção. Ao olhar para a minha vida posso contar muitas situações que poderiam gerar consequências terríveis, mas que me proporcionaram coisas boas, quando foram colocadas na perspectiva do amor divino.

Em alguns momentos difíceis, eu achei que estava sozinho, mas ao analisar todos os fatos, percebo o quanto fui ajudado por pessoas que estiveram ao meu lado e me ampararam. Elas representaram a presença de Deus me consolando e renovando as forças.

Estas bênçãos precisam ser colecionadas no coração, armazenadas na memória para que sejamos capazes de recordá-las nos tempos difíceis e consigamos renovar a esperança.

Fazer muito mais é trazer novas perspectivas para a vida a partir das tragédias pessoais. Não é somente o desemprego e a falta de dinheiro que atrapalham a vida. A doença, o acidente e até mesmo a morte, podem surpreender e nos deixar sem chão. Ainda que estes problemas machuquem, nos façam chorar, Deus tratará de cada situação e revelará novas perspectivas.

Decisões erradas produzem arrependimento, mas Cristo estabelece pontos de restauração, que permitem a construção de uma nova história, cuja matéria prima está nos cacos da antiga.

Fazer muito mais, na perspectiva divina, é poder contemplar os pequenos milagres do cotidiano. Isto é importante porque às vezes a situação está muito complicada, mas temos a oportunidade de ver Deus atuando em alguns detalhes, que se são prestarmos a devida atenção, passarão despercebidos.

Uma conversa com o amigo, a visão do por do sol, uma viagem ou um passeio. Coisas simples no dia a dia, que vão encher o coração de alegria. Estes são pequenos milagres que acontecem e nos ajudam a caminhar. Quase sempre eles não resolverão todo o problema, mas trarão conforto e consolo para a alma.

Fazer muito mais é não perder a capacidade de sorrir, mesmo sentindo dor. A alegria de que a bíblia fala, é fruto de uma esperança que não está associada à situação presente, mas à fé que tem a certeza de que, independentemente do resultado, tudo vai colaborar para o bem daquele que ama a Deus. Sorrir, ainda que sentindo dor, traz saúde ao coração.

Conclusão

O apóstolo Paulo tinha experiência com as situações difíceis e podia falar com autoridade sobre como o seu relacionamento com Deus produziu a esperança que lhe fortaleceu para superar as crises que ele precisou enfrentar ao longo do seu ministério.

Em II Coríntios 4.8-9 ele define como o poder de Deus opera levando-nos mais além do que podemos imaginar: "Somos atribulados por todos os lados, mas não desanimamos; somos postos em extrema dificuldade, mas não somos vencidos por nenhum obstáculo; somos perseguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados".

Esta é a essência que da bênção de Deus. Ela não nos retira do mundo nem nos livra dos problemas, mas nos ajuda a vencê-los. Ela nos ajuda a rir, apesar de tudo, porque a nossa alegria está mais adiante, nas mãos do Pai.

Um entendimento que obtive a partir das dificuldades que enfrentei é o seguinte: Por mais demorada que seja uma provação, ela sempre passa. Por mais complicado que seja um problema, ele termina. Quando deixamos a semente da esperança florescer no coração, somos capazes de enfrentar os problemas e chegar ao fim alegres e com saúde.

Precisamos habitar no amor de Deus, trazer as suas promessas para o nível da realidade. É nesta esperança que eu desejo finalizar a mensagem convidando-os para orar e receber a bênção do Senhor.

sexta-feira, outubro 21, 2011

Desafios da Educação - Isabele Rangel

domingo, outubro 16, 2011

O TEMPO DA ORAÇÃO

O TEMPO DA ORAÇÃO

Debaixo do céu há momento para tudo, e tempo certo para cada coisa: Tempo para nascer e tempo para morrer. Tempo para plantar e tempo para arrancar a planta. Tempo para matar e tempo para curar. Tempo para destruir e tempo para construir. Tempo para chorar e tempo para rir. Tempo para gemer e tempo para bailar. Tempo para atirar pedras e tempo para recolher pedras. Tempo para abraçar e tempo para se separar. Tempo para procurar e tempo para perder. Tempo para guardar e tempo para jogar fora. Tempo para rasgar e tempo para costurar. Tempo para calar e tempo para falar. Tempo para amar e tempo para odiar. Tempo para a guerra e tempo para a paz. Eclesiastes 3.1-8

Introdução

Em suas observações sobre a vida o Sábio escritor do livro do Eclesiastes notou que ela está repleta de momentos contraditórios: paz, guerra, amor, ódio, etc.

Como é impossível possuir o controle absoluto sobre a existência, o ser humano costuma utilizar a oração como um auxílio, uma válvula de escape para a alma atribulada.

Ao falar sobre a oração tratamos obrigatoriamente sobre o tempo cronológico e as questões que ele desperta: porque esperamos tanto por algumas respostas que nem sempre são tão claras? O que fazer com as orações que não são respondidas? Quais são os tempos da oração?

O primeiro tempo da oração é o tempo da necessidade, quando tudo parece dar errado. O sábio chama estes momentos de: “Tempo para morrer, tempo para chorar, tempo para destruir”. Quando a saúde dá um susto, quando esgotamos todos os nossos recursos, nos lembramos da importância da oração começamos a pratica-la.

Ao invés de diálogo, esta oração se assemelha a uma lista de compras, com inúmeros itens desejados e o relacionamento com Deus fica no segundo plano, sufocado pelas necessidades.

O segundo tempo da oração é o tempo de esperar: quando o coração aperta de ansiedade: “Tempo para gemer, tempo para procurar, tempo para calar”.


O instantâneo é a exigência de nosso século. As redes sociais, smartphones, e-mails, tablets nos conectam a internet e tornam a comunicação imediata. Em consequência disto, ninguém tem mais paciência para esperar.


Neste ambiente a oração parece não fazer muito sentido, porque ela remete à inatividade. Quando oramos nos recolhemos e abandonamos as atividades normais, para suplicar a ação divina em resposta às nossas demandas.


A oração é um período de aparente imobilidade, mas ela move as regiões espirituais, e produz resultados que fogem à capacidade humana de intervenção.


O terceiro tempo da oração é o tempo da resposta, quando um ciclo se fecha e outro se inicia. O escritor do Eclesiastes fala: “tempo para curar, tempo para rir, tempo para amar”. É o tempo para aproveitar e curtir a bênção


Algumas respostas apontam caminhos diferentes. Quantas vezes planejamos seguir um determinado caminho e na hora de colocar em prática, aparecem desvios que nos obrigam a reprogramar a rota inicialmente planejada.


Outras respostas não vêm como desejamos. Esperávamos o sim, mas veio o não e ficamos bastante chateados. As orações respondidas negativamente oferecem a oportunidade para reorganizar a vida e abandonar planos que não dariam certo e só consumiriam o nosso tempo em vão.


O relacionamento com Deus, fruto da oração habitual, nos concede sabedoria para identificar as respostas divinas e transformá-las e bênção para a vida.

As orações respondidas acalmam o coração e marcam o encerramento de um ciclo. Por mais difícil e demorada que uma crise pareça, ela sempre passa e um dia, vamos olharemos para traz e vamos perceber o quanto crescemos ao enfrentar estes problemas.

A vida continua, outros desafios aparecerão, vão exigir novos esforços e receberão novas respostas, que fortalecerão a fé e alimentarão a esperança para viver a dinâmica dos ciclos da vida: “tempos de calar, de sofrer, de rir de amar e celebrar”.

Conclusão

A caminhada por uma trilha na floresta tem momentos em que precisamos parar para tomar fôlego e beber água. Alguns pontos são íngremes e exigem um esforço bem maior, mas o final é recompensado com uma bela paisagem e todo o cansaço do caminho se transforma em alegria.

Antes mesmo de ser atendida ou não, o maior milagre que a oração proporciona é o relacionamento que nos aproxima de Deus. Ela tira o nosso olhar da limitada dimensão humana e mostra as infinitas possibilidades divinas de transformar o mal em bem e a tristeza em alegria.

Nos braços do Pai ouvimos a sua voz dizendo que somos filhos amados, recebemos o conforto, a cura e a vida adquire um novo sentido.

quinta-feira, outubro 06, 2011

A MEDIDA CERTA DA FÉ - Será que existe alguma?

A MEDIDA CERTA DA FÉ

Será que existe alguma?

Jesus, Pedro, Tiago e João chegaram perto dos outros discípulos, viram que eles estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns doutores da Lei estavam discutindo com eles. Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para cumprimentá-lo. Jesus perguntou aos discípulos: “O que é que vocês estão discutindo com eles?” Alguém da multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram.” Jesus disse: “Ó gente sem fé! Até quando deverei ficar com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam o menino aqui.” E levaram o menino. Quando o espírito viu Jesus sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca. Jesus perguntou ao pai: “Desde quando ele está assim?” O pai respondeu: “Desde criança. E muitas vezes já o jogou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos.” Jesus disse: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé.” O pai do menino gritou: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé.” Jesus viu que a multidão corria para junto dele. Então ordenou ao espírito mau: “Espírito mudo e surdo, eu lhe ordeno que saia do menino e nunca mais entre nele.” O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto e por isso todos diziam: “Ele morreu!” Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o, e o menino ficou de pé. Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram à parte: “Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?” Jesus respondeu: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração.” Marcos 9.14-29

Introdução

No ambiente religioso é comum ouvir pastores exigindo determinados compromissos de seus fiéis oferecendo como garantia promessas grandiosas, feitas em nome de Deus, dando certeza de que elas serão integralmente cumpridas.

Quando tudo dá certo é ótimo, todos ficam felizes, mas se algo não acontece como foi previsto, estes líderes se apressam em passar a responsabilidade adiante com a seguinte frase: “Você não teve fé suficiente, por isso não conseguiu ver o milagre”.

Diante de seus discípulos atrapalhados com o exorcismo mal sucedido e do pai aflito, Jesus tocou nesta questão que é muito importante para a vida devocional: Existe uma quantidade mínima de fé, capaz de fazer com que as orações sejam respondidas?

Vejamos o que a bíblia nos diz:

Este texto apresenta uma sequência de acontecimentos. O primeiro deles mostra que uma grande necessidade foi apresentada aos discípulos: Um rapaz estava seriamente enfermo. O texto do evangelista Marcos fala que o jovem era possuído por um espírito mudo, e o relato de Mateus informa que ele era epilético. Temos nestas duas afirmações um espaço que nos permite abordar tanto a questão da enfermidade, quanto a espiritual.

Aquele pai conhecia o ministério de Cristo, e quando soube que ele estaria presente na sua cidade, encheu o seu coração de esperança por saber que, de alguma forma, Jesus poderia trazer uma resposta para a sua oração, que se apresentava na forma da necessidade crônica de seu filho.

Ao avistar os discípulos, apresentou-lhes o rapaz e ficou decepcionado ao ver que eles não foram capazes de resolver o problema. Quando Jesus se aproxima, o pai faz uma nova tentativa: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram”.

É interessante perceber que Jesus ficou irritado com aquela situação: “Ó gente sem fé! Até quando deverei ficar com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam o menino aqui”. Obviamente que esta irritação foi dirigida aos discípulos pela falta de maturidade que eles demonstraram para resolver o problema da forma que ele precisava ser solucionado.

Jesus assumiu o controle da situação, foi apresentado ao rapaz e questionou ao pai sobre há quanto tempo aquele problema se manifestava. Um detalhe a ser observado é que problemas familiares prolongados abalam a estrutura familiar.

Jesus ouve o clamor do coração de alguém cansado de esperar. Ao longo dos anos este pai deve ter enfrentado tantas decepções no seu objetivo de ver o seu filho curado, que quando ele se dirige a Jesus as suas palavras exprimem o desânimo da sua alma. “Se puderes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”.

A próxima situação que o texto de Marcos nos apresenta é o paradoxo da fé de um pai desesperado. Ele ouve o desafio de Jesus: Tudo é possível para quem tem fé. Da mesma forma que aquele homem tinha fé, ele está tão desiludido, que se aquele encontro não resultasse em nada, ele não iria se admirar. Sempre foi assim.

Mas, ao reconhecer a sua fraqueza diante do drama familiar: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé”, o pai teve a oportunidade de contemplar a sua oração sendo respondida: “O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu”.

Conclusão

Os discípulos conviviam com Jesus há bastante tempo e tiveram a oportunidade de presenciar muitos milagres, mas não estavam maduros o suficiente para lidar com os desafios que as necessidades humanas apresentam aos ministros do evangelho.

A surpresa demonstrada quando perguntaram: “por que nós não conseguimos expulsar o espírito?”, expõe o fato de que eles conheciam a teoria da oração, mas ainda não eram capazes de crer no poder de Deus para respondê-la.

O pai daquele jovem enfermo-endemoniado, não sabia mais o que fazer, suas poucas esperanças foram reunidas em cacos e apresentadas a Jesus. Em sua simplicidade, ele não sabia que estava no ponto certo para receber a resposta: a completa dependência de Deus. Este foi o ponto de partida para a operação do milagre.

A oração que transforma a vida não depende da muita ou da pouca fé daquele que ora, mas da graça do Deus que responde. Que Deus nos torne cada vez mais dependentes dele e mantenha nossos corações sempre abertos para receber as respostas das orações que fazemos.