sábado, março 13, 2010

PERDÃO, O CAMINHO PARA A RESTAURAÇÃO


“Até meu próprio amigo íntimo, em que eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar” Salmo 41: 9


O que fazer quando estamos indignados? Como reagir quando a ofensa vem como uma flecha certeira que fere profundamente o coração? Ou quando aquela pessoa que amávamos e a quem confiamos os nossos maiores segredos vira as costas para nós?

Davi experimentou esta situação: “Aitofel, seu conselheiro e amigo íntimo, passou para o lado do inimigo no momento em que ele mais precisaria do seu apoio. Todo povo de Israel, liderado por Absalão, filho de Davi, rebelou-se para tirar o seu pai do poder. Aitofel abandonou o seu amigo para ficar junto daqueles que, aparentemente, venceriam a guerra. Esta atitude encheu de tristeza o coração de Davi.

Quando sofremos uma ofensa a nossa primeira reação é a indignação. “Eu não merecia isto!”, “Porque logo comigo?”. Esta indignação exige uma reparação do mal feito. Quando esta reparação não vem ou é insuficiente, a indignação gera a amargura, que exige vingança. A vingança é um sentimento tipicamente humano, através dela desejamos retribuir com a mesma intensidade o mal que recebemos. O problema é que esta atitude vai gerar outro desejo e retribuir o mal com o mal e a sede do vingador nunca será satisfeita.

A alternativa divina para o coração ofendido é o perdão, mas às vezes é muito difícil aplicá-lo. Uma das maiores reclamações contra o perdão é a de que ele deixa o mal sem o merecido castigo.

Perdoar significa doar completamente e quem doa oferece algo de graça a alguém. Graça, é favor imerecido, exatamente a situação do ofensor. O perdão é o veículo da graça de Deus, através do qual fomos reconciliados com ele quando merecíamos receber o mesmo castigo que queremos aplicar a quem nos magoou. “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores”. Romanos 5.8. Ao perdoar, nos tornamos participantes com Deus do ministério da graça, pois quando perdoamos, aplicamos ao outro, aquilo que recebemos de Deus.

“O castigo do qual reclamamos a falta já foi recebido por Jesus: “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava com ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Isaías 53.5. Com o seu sacrifício na cruz Cristo pagou todos os pecados e ofensas, nossos e dos outros. Portanto, já não há mais necessidade de castigo.

O objetivo de Deus é restaurar as vidas e os relacionamentos destruídos pelo pecado. O perdão “não resolve todas as questões da culpa e da justiça – com frequência claramente foge destas questões – mas permite um relacionamento renovado que começa outra vez.” (1).

Outra característica do perdão é que ele precisa ser incondicional. Nada que façamos nos tornará merecedores deste perdão que é concedido pelo amor divino. “Pois pela Graça de Deus vocês são salvos, mediante a fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é resultado dos esforços de vocês, portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la”. Efésios 28.8-9. Diante desta prova de amor, não resta outra saída a não ser agir com o outro da mesma maneira que Deus agiu conosco.

Em alguns casos o nosso perdão não será aceito, ou a outra pessoa poderá estar magoada também e não aceitar a reconciliação. Mesmo assim devemos nos libertar desta carga de ressentimento e perdoar, deixando livre o caminho para a restauração que Deus vai operar no tempo que ele achar mais adequado. Minha amiga Denise Meira, certa vez me disse algo que me abençoou muito: “Tudo tem o seu tempo, cada pessoa tem uma velocidade para amar, para ser amado, para aceitar o outro e para aceitar a si mesmo. Deixe que cada um descura o seu tempo, mas não prenda a sua vida por causa do tempo dos outros”.

Não perca o seu tempo cultivado um sentimento de amargura que só vai prejudicá-lo. “A primeira e geralmente a única pessoa a ser curada pelo perdão é pessoa que perdoa. Quando genuinamente perdoamos libertamos um prisioneiro e então descobrimos que o prisioneiro libertado éramos nós”.(2)

Notas:
1 – Yancey Philip – Maravilhosa Graça, p. 40
2 – idem

Referência
Yancey Philip – Maravilhosa Graça - Traduzido por Yolanda M. Krievin – Editora Vida – SP - 2001

terça-feira, março 09, 2010

TIRANDO AS PEDRAS DO CAMINHO

TIRANDO AS PEDRAS DO CAMINHO

"Tomado, novamente, de profunda emoção, Jesus foi ao sepulcro. Era uma gruta, coberta por uma pedra. Jesus ordenou: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, pois há quatro dias que ele está aí... Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu: Se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra". João 11.38-40

Lázaro, um grande amigo de Jesus, ficou doente. Suas irmãs mandaram chamar o Mestre, que demorou um pouco onde ele estava, até começar a viagem em direção à Betânia. Durante este tempo o ma de Lázaro se agravou e ele faleceu, deixando a sua família muito triste.

Ao chegar, Jesus encontrou a casa de Maria e Marta cheia de pessoas que foram ali prestar solidariedade pela perda do irmão. Havia quatro dias que Lázaro fora sepultado. Marta entristeceu-se quando viu Jesus, porque se ele não tivesse se atrasado, seu irmão estaria vivo.

Jesus não foi pego de surpresa diante da morte de seu amigo. Quando demorou mais temo do que o aparentemente necessário, ele sabia o que estava fazendo. “Quando Jesus recebeu a notícia, disse: O resultado final dessa doença não será a morte de Lazaro. Isto está acontecendo para que Deus revele o seu poder glorioso; e assim, por causa dessa doença, a natureza divina do filho de Deus será revelada”. João 11.4

Jesus se comoveu profundamente com a incredulidade das pessoas naquele lugar . Elas estavam diante da solução para o problema, mas permaneciam entristecidas e sem rumo. "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?" João 11.25-26 As pessoas continuavam murmurando : "Mas alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos do cego de nascença, fazer com que este não morresse?" João 11.37.

Ao chegar diante do túmulo, Jesus solicitou que a pedra fosse retirada da porta. Mas se ele é o Todo-Poderoso, porque não destruiu a pedra e ressuscitou o defunto? Sim, ele poderia, mas a retirada da pedra poderia ser feita por qualquer pessoa, por isso ele pediu que alguns homens fossem lá e desbloqueassem o caminho. A ressurreição do morto, era uma tarefa divina e somente Jesus poderia executá-la. Para a alegria de todos, após uma ordem de Cristo, Lázaro saiu do túmulo e voltou à vida.

Se você anda intrigado porque algumas de suas orações não estão sendo respondidas, talvez isto seja resultado de algumas pedras no caminho que precisam ser retiradas e somente você poderá fazê-lo. O milagre Jesus faz. “Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu: Se creres, verás a glória de Deus?”

Não quero dizer que todas as orações não respondidas sejam consequência de falhas pessoais, mas quando o nosso contato com Deus está obstruído, temos dificuldade de perceber a presença e a atuação divina, mesmo que ela se apresente de forma extraordinária.

Peça a Deus que ele revele as pedras que estão em seu caminho, atrapalhando o seu relacionamento com o Pai. Não importa o tamanho do problema, se você crer, Deus irá revelar o seu poder glorioso. Transformando as situações complicadas de sua vida em grandes bênçãos.

segunda-feira, março 08, 2010

TEXTO EM HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER - Bianca Assis




TEXTO EM HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

por: Bianca Assis
[Texto escrito por mim, para ser lido na Igreja Batista do Caminho]

Como homenagear àquelas a cujo gênero pertenço? Ou em outras palavras:
O que escrever sobre as mulheres, sendo eu uma delas?

Admito que poderia organizar argumentos, concatenar idéias, ser lógica e defender posturas em nome de alguma justiça, por reconhecimento da luta histórica daquelas que um dia precisaram deixar suas casas e filhos e enfrentar longas horas de trabalho árduo nas fábricas da “Revolução da Indústria”, e serem tratadas como desiguais em seus direitos trabalhistas... e humanos.

Embora a homenagem às mulheres esteja partindo de uma mulher, eu garanto que a linha de pensamento poderia seguir por aí... Mas vou tirar minha vantagem de falar por/para elas, sendo eu mesma, cristã, reconhecendo a igualdade inerente a todos os seres humanos como ponto de partida, sendo filha, irmã, amiga, arte-educadora...

A mulher foi criada por Deus para preencher e completar o mundo, dotada de sentidos, habilidades e uma magnífica complexidade, para representar alguns atributos do próprio Deus na terra. Assim como o homem, não foi feita para estar sozinha, mas para constituir... não apenas ao homem, e vice-versa, mas para completar a unidade de toda a Criação.

Ainda não sou mãe, mas penso que muito do “à nossa imagem e semelhança” se reflete neste ato. O divino se revela em nós quando vemos alguém saindo de nós mesmas, porém não sendo “nosso”. Coloco entre aspas, pois o pertencer em ambos os casos (tanto referentes à criação divina, quanto à maternidade-paternidade humanas) para mim são inquestionáveis. No entanto, há algo no amor que é revelado como escolha. E esta capacidade de se entregar ao Amor sem esperar nada em troca, é divina. E é justamente esta Graça que impulsiona o desejo de retribuição.

Me orgulho de ser mulher ao olhar para a história e reconhecer grandes revoluções provocadas pela ação de mulheres fortemente frágeis, indissoluvelmente honestas, suavemente profundas, altruistamente compassivas e sensivelmente corajosas, na ordem do mundo, mas, principalmente no dia-a-dia, através dos braços, colo e sorriso das inúmeras mães, donas-de-casa, profissionais, empresárias, atletas, filósofas, poetisas, artistas, camponesas, professoras, escritoras, musicistas, teólogas, profetas, cozinheiras, crianças, tias, avós, sobrinhas, esposas, mártires, cientistas, doutoras, matriarcas, líderes, servas, viúvas...

Para aquelas que tornam o mundo mais belo e um tanto mais amável, dedico este poema do escritor francês Vitor Hugo:

“O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.

O homem é o cérebro; A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda,
o amor ressuscita.

O homem é forte pela razão; A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence,
as lágrimas comovem.

O homem é capaz de todos os heroísmos; A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece,
o martírio sublima.

O homem é um código; A mulher é um evangelho.
O código corrige;
o evangelho aperfeiçoa.

O homem é um templo; A mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.

O homem pensa; A mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.

O homem é um oceano; A mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa; A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.”

Fonte: http://aabianca.blogspot.com/2010/03/texto-em-homenagem-ao-dia-internacional.html

Clique aqui para ler mais textos do Blog Abstrato Aleatório

História do Dia Internacional da Mulher

Carroça dos bombeiros passa por via onde ocorreu o incêndio que matou mais de 140 mulheres e crianças, em Nova York (Foto: Wikipedia/Commons)


História do Dia Internacional da Mulher

História do Dia Internacional da Mulher, significado do dia 8 de março, lutas femininas, importância da data e comemoração, conquistas das mulheres brasileiras, história da mulher no Brasil, participação política das mulheres, o papel da mulher na sociedade

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História

1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.
1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres

Fontes:
  • http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm
  • http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1031728-5602,00-DIA+DA+MULHER+TORNOUSE+INTERNACIONAL+APOS+REVOLUCAO+VIOLENCIA+E+MORTES.html

sábado, março 06, 2010

Tearfund's Global Poverty Prayer Week: One Voice

TEARFUND - UMA SÓ VOZ

SEMANA GLOBAL DE ORAÇÃO SOBRE A POBREZA