A AMIZADE COM DEUS
“O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. Não existe maior amor do que dar a vida pelos amigos. Vocês são meus amigos se fizerem o que eu estou mandando. Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai. Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça. O Pai dará a vocês qualquer coisa que vocês pedirem em meu nome. O que eu mando é isto: amem-se uns aos outros”. João 15.12-17.
Introdução
Faz muito tempo que o tema dos relacionamentos me fascina. A sua influência em nossa vida é muito grande. Posso me considerar feliz, porque nos tempos de crise, sempre encontro ouvidos pacientes.
Frequentemente escuto pessoas que dizem: “tenho poucos ou nenhum amigo com quem sou capaz de me abrir e contar tudo o que sinto.” Para alguns amigos lhes conto as questões emocionais, para outros as profissionais e com outros compartilho os assuntos familiares.
Pessoas nos mostram caminhos, nos ensinam, nos repreendem quando falhamos e elogiam quando merecemos. Elas nos decepcionam também, mas a quantos nós já não decepcionamos ao longo da vida?
Mas como podemos ser amigos de Deus? Será que é necessário gastar muitas horas do dia dentro da igreja, assistir a todos os cultos da semana ou ser amigo do pastor?
Em seu discurso, registrado no evangelho de João, Jesus fala sobre aqueles a quem Deus considera amigos. É surpreendente perceber que a simplicidade dos requisitos divinos pode ser bem mais exigente do que uma lista de rituais complicados.
Vejamos os conceitos em que está baseada a amizade com Deus:
1.A amizade tem a sua raiz fincada no amor.
"O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros, assim como eu amei vocês. Não existe maior amor do que dar a vida pelos amigos. Vocês são meus amigos se fizerem o que eu estou mandando". (v. 12-14).
* Amor que se importa com o outro
* Amor que oferece a vida, se necessário.
* Amor que obedece com alegria, e não como obrigação.
+ "Abrão confiou no Senhor, e isto lhe foi creditado como justiça". Gênesis 15.1-6
+ "Assim se cumpriu a Escritura, que diz: Abrão acreditou em Deus e isto lhe foi creditado como justiça, e foi chamado amigo de Deus". Tiago 2.23
2.A amizade oferece espaço para que os corações se abram.
"Eu já não chamo vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; eu chamo vocês de amigos, porque eu comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai". (v. 15-16)
* A amizade produz liberdade para com o outro
* O cuidado cria um ambiente seguro para o ato de compartilhar os sentimentos
* Quanto mais se ama, menos segredos existem entre as pessoas.
3.Somos amigos de Deus quando amamos ao próximo.
"Não foram vocês que me escolheram, mas fui eu que escolhi vocês. Eu os destinei para ir e dar fruto, e para que o fruto de vocês permaneça. O Pai dará a vocês qualquer coisa que vocês pedirem em meu nome. O que eu mando é isto: amem-se uns aos outros".
* Antes que nos déssemos conta disso, fomos escolhidos e amados por Deus.
* Justiça, paz e misericórdia, são os frutos do relacionamento com Deus.
+ "Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma". Tiago 2.15-17
* A maior prova de amor a Deus é dada quando respeitamos a dignidade do outro.
+ "Mas se vocês fazem diferença entre as pessoas, estão cometendo pecado, e a Lei os condena como culpados". (Tiago 2.9)
Conclusão
A ética cristã é desafiadora porque ela demanda que as atitudes exteriores estejam respaldadas por um sentimento que não pode ser fabricado às pressas, ele precisa ser cultivado na boa terra do coração humano.
Não basta dar esmolas, é necessário desejar incluir o pobre na sociedade, dando-lhe condições de trabalhar e conseguir o seu sustento dignamente. Este comprometimento com as dores do outro, nos aproxima de Deus.
O que eu mando é isto: amem-se uns aos outros. Se queremos ser amigos de Deus precisamos abandonar o nosso egoísmo confortável e sair daqui desejando nos envolver com aqueles que precisam conhecê-lo.
Que sejamos capazes de crer e obedecer e, tal como Abraão, sermos chamados de amigos de Deus.
